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1) (CESPE - Auditor de Controle Interno - CGE/CE - 2019)
A lei orçamentária anual (LOA) estabelece a previsão de receitas, idealizada a partir de parâmetros históricos associados a outros fatores, e também a fixação de despesas para o período relativo a um exercício financeiro, sendo vetada a inclusão de matéria diversa. Essa exigência decorre do princípio orçamentário da
a) exclusividade.
b) legalidade.
c) não afetação da receita.
d) discrimina&ccedil;&atilde;o.<br />
e) unidade.
Gabarito: letra A<br />
<br />
O princ&iacute;pio da exclusividade veda a inclus&atilde;o de mat&eacute;ria estranha &agrave; previs&atilde;o da receita e fixa&ccedil;&atilde;o da despesa, evitando as chamadas caudas or&ccedil;ament&aacute;rias e os or&ccedil;amentos rabilongos.<br />
<br />
b) Errado. O princ&iacute;pio da legalidade obriga que o or&ccedil;amento seja uma lei em sentido formal, n&atilde;o podendo realizar despesa que n&atilde;o esteja fixado em seu texto ou em cr&eacute;ditos adicionais.<br />
<br />
c) Errado. O princ&iacute;pio da n&atilde;o afeta&ccedil;&atilde;o veda a vincula&ccedil;&atilde;o de receita de imposto a &oacute;rg&atilde;o, fundo ou despesa em raz&atilde;o da natureza n&atilde;o contra-prestacional desse tributo. Admite exce&ccedil;&otilde;es previstas na pr&oacute;pria Constitui&ccedil;&atilde;o Federal.<br />
<br />
d) Errado. O princ&iacute;pio da discrimina&ccedil;&atilde;o veda a inclus&atilde;o de dota&ccedil;&atilde;o gen&eacute;rica no or&ccedil;amento, obrigado o seu detalhamento no m&iacute;nimo por elemento. Admite como exce&ccedil;&atilde;o a reserva de conting&ecirc;ncia e os programas especiais de trabalho classificados como despesa de capital.<br />
<br />
e) Errado. O princ&iacute;pio da unidade veda a exist&ecirc;ncia de or&ccedil;amentos paralelos no &acirc;mbito de cada ente da federa&ccedil;&atilde;o, determinando que haja apenas uma pe&ccedil;a or&ccedil;ament&aacute;ria que contemplo todos os<br />
&oacute;rg&atilde;os e entidades.
2) (CESPE - Auditor de Controle Interno - CGM/JP - 2018) <br />
<br />
Para ser considerada princ&iacute;pio or&ccedil;ament&aacute;rio, a regra deve estar expressamente prevista na Constitui&ccedil;&atilde;o Federal de 1988.
Gabarito: Errado<br />
<br />
N&atilde;o mesmo. Existem princ&iacute;pios na legisla&ccedil;&atilde;o infraconstitucional, al&eacute;m de princ&iacute;pios doutrin&aacute;rios, como o da programa&ccedil;&atilde;o.
3) (CESPE - Auditor de Contas P&uacute;blicas - TCE/PE - 2017) Dado o princ&iacute;pio da anualidade or&ccedil;ament&aacute;ria, os or&ccedil;amentos p&uacute;blicos das diversas esferas de governo devem ter vig&ecirc;ncia de um exerc&iacute;cio financeiro e coincidir com o ano civil.
Gabarito: Errado<br />
<br />
Aqui temos um problema. O princ&iacute;pio da anualidade obriga que o or&ccedil;amento seja v&aacute;lido por um per&iacute;odo de tempo chamado de exerc&iacute;cio financeiro. Atualmente esse exerc&iacute;cio financeiro coincide com o ano civil, conforme prev&ecirc; o art. 34 da Lei 4.320/64.<br />
<br />
De forma gen&eacute;rica (sentido amplo), realmente est&aacute; errado, uma vez quer nem sempre o exerc&iacute;cio financeiro vai coincidir com o ano civil, apesar de coincidir atualmente.<br />
<br />
De outro lado, como a regra vigente determina que coincida com o ano civil, poder&iacute;amos marcar o item como correto e tentar um recurso. O grande problema &eacute; que a banca n&atilde;o especificou se era ou n&atilde;o em sentido amplo, o que pode gerar ambiguidade na resolu&ccedil;&atilde;o da quest&atilde;o e complicar o candidato. De qualquer forma esse foi o gabarito oficial da banca ap&oacute;s os recursos.
4) (CESPE - Auditor de Contas P&uacute;blicas - TCE/PE - 2017) <br />
<br />
Em observ&acirc;ncia ao princ&iacute;pio da universalidade or&ccedil;ament&aacute;ria, devem estar reunidos no or&ccedil;amento estadual todos os recursos que um estado-membro esteja autorizado a arrecadar e todas as dota&ccedil;&otilde;es necess&aacute;rias ao custeio de servi&ccedil;os p&uacute;blicos estaduais.
O princ&iacute;pio da universalidade obriga que todas as receitas e despesas de uma entidade devem constar no or&ccedil;amento. Dessa forma &eacute; poss&iacute;vel conhecer a priori todas as receitas e destina&ccedil;&otilde;es dos recursos geridos pelo poder p&uacute;blico.
5) (CESPE - Analista de Controle Externo - TCE/PE - 2017) <br />
<br />
De acordo com o princ&iacute;pio or&ccedil;ament&aacute;rio da n&atilde;o afeta&ccedil;&atilde;o &mdash; que, no Brasil, &eacute; aplic&aacute;vel somente &agrave;s receitas de impostos &mdash;, as receitas p&uacute;blicas n&atilde;o podem estar vinculadas a qualquer tipo de despesa p&uacute;blica.
Gabarito: Certo<br />
<br />
Aqui temos outra boa quest&atilde;o. Veja que a banca nos induz a pensar no princ&iacute;pio da n&atilde;o afeta&ccedil;&atilde;o em sentido amplo. Nesse sentido, o ideal &eacute; que nenhuma receita fosse vinculada, dando liberdade para a aloca&ccedil;&atilde;o de recursos pelo gestor p&uacute;blico.<br />
Por&eacute;m, como a quest&atilde;o diz, no Brasil, esse princ&iacute;pio est&aacute; atrelado apenas aos impostos, apesar das exce&ccedil;&otilde;es constitucionais. Excelente item que nos mostra que o CESPE n&atilde;o &eacute; uma banca literal.
6) (CESPE - Auditor - TCE/PR - 2016) <br />
<br />
Assinale a op&ccedil;&atilde;o correta a respeito dos princ&iacute;pios<br />
or&ccedil;ament&aacute;rios.<br />
<br />
a) O PPA segue o princ&iacute;pio da periodicidade e seu or&ccedil;amento &eacute; definido bienalmente.<br />
<br />
b) Dado o princ&iacute;pio da exclusividade, cada ente da Federa&ccedil;&atilde;o dever&aacute; ter o seu pr&oacute;prio or&ccedil;amento.<br />
<br />
c) O princ&iacute;pio da unidade visa evitar m&uacute;ltiplos or&ccedil;amentos dentro da mesma pessoa pol&iacute;tica.<br />
<br />
d) De acordo com o princ&iacute;pio do or&ccedil;amento bruto, as receitas devem constar no or&ccedil;amento pelos seus totais, deduzindo-se destes somente os impostos.<br />
<br />
e) Dado o princ&iacute;pio da totalidade, o or&ccedil;amento de cada estado dever&aacute; conter todas as receitas e despesas de seus &oacute;rg&atilde;os mantidos pelo poder p&uacute;blico.
Gabarito: letra C<br />
<br />
O princ&iacute;pio da unidade veda a exist&ecirc;ncia de or&ccedil;amentos paralelos no &acirc;mbito de cada ente da federa&ccedil;&atilde;o, determinando que haja apenas uma pe&ccedil;a or&ccedil;ament&aacute;ria que contemplo todos os &oacute;rg&atilde;os<br />
e entidades.<br />
<br />
a) Errado. O PPA, por ser um instrumento estrat&eacute;gico, n&atilde;o deve observar o princ&iacute;pio da anualidade sua vig&ecirc;ncia &eacute; de 4 anos.<br />
<br />
b) Errado. Dado o princ&iacute;pio da unidade, cada ente da Federa&ccedil;&atilde;o dever&aacute; ter o seu pr&oacute;prio or&ccedil;amento.<br />
<br />
d) Errado. De acordo com o princ&iacute;pio do or&ccedil;amento bruto, as receitas devem constar no or&ccedil;amento pelos totais, vedada qualquer dedu&ccedil;&atilde;o.<br />
<br />
e) Errado. Dado o princ&iacute;pio da universalidade, o or&ccedil;amento de cada estado dever&aacute; conter todas as receitas e despesas de seus &oacute;rg&atilde;os mantidos pelo poder p&uacute;blico.
7) (CESPE - Auditor de Controle Externo - TCE/SC - 2016) <br />
<br />
O princ&iacute;pio or&ccedil;ament&aacute;rio da uniformidade pode ser cumprido ainda que dois entes federativos classifiquem uma mesma despesa de formas diferentes.
Gabarito: Certo<br />
<br />
O princ&iacute;pio da uniformidade ou consist&ecirc;ncia disp&otilde;e que o or&ccedil;amento deve manter uma m&iacute;nima padroniza&ccedil;&atilde;o ou uniformidade na apresenta&ccedil;&atilde;o de seus dados, de forma a permitir que os usu&aacute;rios realizem compara&ccedil;&otilde;es entre os diversos per&iacute;odos. Portanto, mesmo que dois entes possuam classifica&ccedil;&otilde;es distintas, o princ&iacute;pio pode ser cumprido.
8) (CESPE - Auditor de Controle Externo - TCE/SC - 2016)

Apesar de os entes federados serem obrigados a elaborar um orçamento fiscal, um orçamento de investimento das empresas estatais e um orçamento da seguridade social, é correto afirmar que vigora no Brasil o princípio da unidade orçamentária.
Gabarito: Certo

Essa é a concepção modera do princípio da unidade: a totalidade. A lei orçamentária deve abranger todos os orçamentos previstos, ou seja, os orçamentos fiscal, da seguridade social e de
investimentos das estatais.
9) (CESPE - Auditor de Controle Externo - TCE/PA - 2016)

De acordo com o princípio da unidade orçamentária, a vigência do orçamento deverá ser limitada a um exercício financeiro.
Gabarito: Errado
10) (CESPE - Auditor de Controle Externo - TCE/PA - 2016) <br />
<br />
De acordo com o princ&iacute;pio da exclusividade, autoriza&ccedil;&otilde;es para aberturas de cr&eacute;ditos suplementares e contrata&ccedil;&otilde;es de opera&ccedil;&otilde;es de cr&eacute;dito, apesar de constitu&iacute;rem dispositivos estranhos &agrave; previs&atilde;o de receitas e &agrave; fixa&ccedil;&atilde;o de<br />
despesas, podem constar da lei or&ccedil;ament&aacute;ria anual (LOA).
Gabarito: Certo<br />
<br />
Aqui temos as exce&ccedil;&otilde;es ao princ&iacute;pio da exclusividade. De acordo com o art. 165, &sect; 8&ordm; da CF/88, a lei or&ccedil;ament&aacute;ria anual n&atilde;o conter&aacute; dispositivo estranho &agrave; previs&atilde;o da receita e &agrave; fixa&ccedil;&atilde;o da despesa, n&atilde;o se incluindo na proibi&ccedil;&atilde;o a autoriza&ccedil;&atilde;o para abertura de cr&eacute;ditos suplementares e contrata&ccedil;&atilde;o de opera&ccedil;&otilde;es de cr&eacute;dito, ainda que por antecipa&ccedil;&atilde;o de receita, nos termos da lei.
11) (CESPE - Auditor de Controle Externo - TCE/PA - 2016)

O princípio da universalidade do orçamento, consagrado nas constituições brasileiras, estabelece que o montante da despesa
autorizada em cada exercício financeiro não poderá ser superior ao total de receitas estimadas para o mesmo período.
Gabarito: Errado

A questão misturou tudo. O princípio do equilíbrio orçamento obriga que o montante das despesas
não pode ser superior ao montante da despesa.
12) (CESPE - Auditor de Controle Externo - TC/DF - 2014)

Atende ao princípio da unidade orçamentária a inclusão, na lei orçamentária, do orçamento de investimento de empresa em que a União detenha participação, ainda que sem direito a voto.
Gabarito: Errado

No orçamento, devem constar as despesas das empresas cuja maioria do capital social com direito
a voto pertença à União.
13) (CESPE - Técnico em Administração Pública - TC/DF - 2014)

Suponha que determinado município tenha instituído contribuição de melhoria sobre imóveis localizados próximos de obra pública concluída. Nessa situação, em respeito ao princípio da não vinculação, o município estará proibido de determinar a destinação do produto da arrecadação da referida contribuição ao atendimento de despesa pública específica.
Gabarito: Errado

A contribuição de melhoria não se confunde com imposto, embora sejam espécies de tributos.
Portanto, pode haver vinculação da receita de contribuição de melhoria, o que não pode é vincular a receita de imposto, salvo exceções constitucionais.
14) (CESPE - Técnico em Administração Pública - TC/DF - 2014)

O princípio da universalidade está expresso no dispositivo constitucional que proíbe a concessão ou utilização de créditos ilimitados.
Gabarito: Errado

O princípio da universalidade está previsto no art. 2º da Lei 4.320/64. Já o princípio da quantificação
de créditos, esse sim, está previsto na CF/88.
15) (CESPE - Técnico em Administração Pública - TC/DF - 2014)

A autorização orçamentária deve preceder a realização financeira da despesa, mas a realização financeira de determinada receita pode preceder sua autorização orçamentária.
Gabarito: Certo

No caso das despesas extraorçamentárias, temos a realização financeira da despesa antes ou mesmo
sem a autorização orçamentária. Nesse caso o princípio da legalidade não seria ferido.
1. Como o princípio da legalidade se aplica ao orçamento público?
A legalidade é um princípio que, quando aplicado ao setor público, determina que o agente público
deve agir conforme a lei, ou seja, podendo fazer o que ela determina ou autoriza. Quando aplicado
ao orçamento público, as receitas podem ser arrecadadas e despesas executadas somente se
estiverem previsão legal.
2. Conceitue o princípio da exclusividade e suas exceções?
A concepção básica é que o orçamento somente pode prever receita e fixar as despesas públicas.
3. Qual a razão da existência do princípio da exclusividade? Quais suas exceções?
Como possui regras diferenciadas para sua tramitação no Congresso Nacional, como prazo
determinado para a sua apresentação ao Congresso Nacional, bem como prazo certo para
aprovação, ele não pode ser utilizado como mecanismo de aprovação de outras matérias.
Esse princípio foi instituído para evitar as chamadas caudas orçamentárias, ou seja, inclusão de
matéria que não seja financeira, como a instituição de um tributo. Essa inclusão de matérias estranha
no orçamento ficou conhecida como orçamento rabilongo.
4. O que é o princípio da universalidade?
A ideia central desse princípio é que o orçamento não pode deixar de fora nenhuma receita ou
despesa, ou seja, deverá conter todas as receitas e despesas.
5. Qual a finalidade o princípio da universalidade? Ele possui exceções?
Esse princípio permite que se conheça antecipadamente todas as receitas que o Governo pretende arrecadar, bem como todos os gastos planejados. Outra concepção desse princípio está na ideia de que nenhum órgão ficará de fora do orçamento.

Como exceção a esse princípio, apenas as receitas e despesas operacionais de algumas estatais, as
chamadas não dependentes, e as receitas e despesa extraorçamentárias não estão no orçamento.
6. Qual a relação entre o princípio da unidade e da totalidade?
Esse princípio determina que exista apenas um orçamento para cada um dos entes da federação,
evitando orçamentos múltiplos e paralelos, dificultando o controle dos gastos públicos. Essa é a concepção clássica do princípio da unidade.
Em sua concepção moderna, esse princípio ganhou outra conotação com a CF/88: que a lei
orçamentária deve abranger todos os orçamentos previstos, ou seja, os orçamentos fiscal, da
seguridade social e de investimentos das estatais.
7. O princ&iacute;pio da anualidade ou periodicidade est&aacute; relacionado diretamente ao ano civil?
O princ&iacute;pio da anualidade, ou periodicidade como tamb&eacute;m &eacute; conhecido, determina que o or&ccedil;amento<br />
seja v&aacute;lido por um determinado per&iacute;odo de tempo, conhecido como exerc&iacute;cio financeiro.<br />
<br />
De acordo com o art. 34&ordm; da Lei 4.320/64, o exerc&iacute;cio financeiro coincidir&aacute; com o ano civil, ou seja, de 1&ordm; de janeiro a 31 de dezembro. &Eacute; importante salientar que atualmente o exerc&iacute;cio financeiro coincide com o ano civil, mas isso pode mudar.<br />
<br />
Vamos supor que uma lei complementar altere o texto da Lei 4.320/64 afirmando que o exerc&iacute;cio<br />
financeiro passe a ter 18 meses. Diante dessa situa&ccedil;&atilde;o hipot&eacute;tica, o princ&iacute;pio da anualidade / periodicidade n&atilde;o deixa de existir.
8. Podemos afirmar que o princ&iacute;pio do or&ccedil;amento bruto e da universalidade est&atilde;o correlacionados? Por que?
O princ&iacute;pio do or&ccedil;amento bruto veda que as despesas ou receitas sejam inclu&iacute;das no or&ccedil;amento ou em qualquer das esp&eacute;cies de cr&eacute;ditos adicionais nos seus montantes l&iacute;quidos.<br />
<br />
Como o princ&iacute;pio da universalidade obriga que todas as receitas e despesa devam constar no or&ccedil;amento, o or&ccedil;amento bruto vai al&eacute;m e determina que n&atilde;o pode constar em valor l&iacute;quido.
9. O princ&iacute;pio da especifica&ccedil;&atilde;o est&aacute; relacionado a qual classifica&ccedil;&atilde;o da despesa?
O princ&iacute;pio da especifica&ccedil;&atilde;o, discrimina&ccedil;&atilde;o ou especializa&ccedil;&atilde;o veda a inclus&atilde;o de dota&ccedil;&atilde;o global na LOA, ou seja, dota&ccedil;&atilde;o gen&eacute;rica sem qualquer detalhamento de sua destina&ccedil;&atilde;o. Al&eacute;m disso, a<br />
despesa deve estar detalhada no m&iacute;nimo por elementos, portanto est&aacute; relacionado &agrave; classifica&ccedil;&atilde;o por natureza da despesa.
10. A exist&ecirc;ncia de d&eacute;ficit fiscal fere o princ&iacute;pio do equil&iacute;brio or&ccedil;ament&aacute;rio?
O princ&iacute;pio do equil&iacute;brio or&ccedil;ament&aacute;rio busca equalizar o montante das despesas segundo a capacidade de pagamento do Governo. Portanto, segundo tal princ&iacute;pio, o montante das despesas<br />
n&atilde;o pode ser superior ao montante das receitas.<br />
Mas a&iacute; voc&ecirc; pode perguntar: mas e os d&eacute;ficits p&uacute;blicos acumulados nos &uacute;ltimos anos? Como fica o princ&iacute;pio do equil&iacute;brio or&ccedil;ament&aacute;rio?<br />
<br />
Voc&ecirc; deve entender que, quando um telejornal apresenta uma not&iacute;cia de que o ano de 201X apresentou um d&eacute;ficit prim&aacute;rio de xx bilh&otilde;es, o referido resultado considerou apenas as receitas e<br />
despesas que n&atilde;o s&atilde;o com juros ou empr&eacute;stimos. Se formos levar tal entendimento para a economia dom&eacute;stica, o resultado prim&aacute;rio seria as receitas menos despesas &quot;normais&quot; como aluguel, &aacute;gua,<br />
luz, alimenta&ccedil;&atilde;o. Se o montante dessas despesas for superior ao sal&aacute;rio da fam&iacute;lia, ela dever&aacute; &quot;pegar dinheiro emprestado&quot; para cobrir, concorda?<br />
<br />
Ent&atilde;o, mesmo diante de tal situa&ccedil;&atilde;o (fazendo empr&eacute;stimo para pagar as contas), o or&ccedil;amento estar&aacute; equilibrado, uma vez que o total e despesas n&atilde;o &eacute; superior ao total de receitas.
11. Qual a diferen&ccedil;a entre estorno, remanejamento e transfer&ecirc;ncia?
Transposi&ccedil;&atilde;o &eacute; a destina&ccedil;&atilde;o de recursos de um programa de trabalho para outro, por meio de realoca&ccedil;&otilde;es do ente p&uacute;blico dentro do mesmo &oacute;rg&atilde;o. Por exemplo, se o administrador decidir<br />
ampliar a constru&ccedil;&atilde;o da sede da secretaria de obras realocando recursos da abertura de uma estrada, com ambos os projetos programados e inclu&iacute;dos no or&ccedil;amento.<br />
<br />
Remanejamento &eacute; a destina&ccedil;&atilde;o de recursos de um &oacute;rg&atilde;o para outro, por meio de realoca&ccedil;&otilde;es do ente p&uacute;blico. Por exemplo, a Administra&ccedil;&atilde;o pode realocar as atividades de um &oacute;rg&atilde;o extinto.<br />
<br />
Transfer&ecirc;ncia &eacute; a destina&ccedil;&atilde;o de recursos dentro do mesmo &oacute;rg&atilde;o e do mesmo programa de trabalho, por meio de realoca&ccedil;&otilde;es de recursos entre as categorias econ&ocirc;micas de despesas. Na<br />
transfer&ecirc;ncia, as a&ccedil;&otilde;es envolvidas permanecem em execu&ccedil;&atilde;o, por isso n&atilde;o se confunde com os cr&eacute;ditos adicionais especiais, nos quais ocorre a implanta&ccedil;&atilde;o de uma despesa que n&atilde;o possu&iacute;a dota&ccedil;&atilde;o or&ccedil;ament&aacute;ria.
12. O princ&iacute;pio da n&atilde;o afeta&ccedil;&atilde;o est&aacute; relacionado a qual tributo?
O princ&iacute;pio da n&atilde;o vincula&ccedil;&atilde;o de receitas afirma que nenhuma receita de impostos (cuidado para n&atilde;o confundir com tributo) poder&aacute; ser reservada ou comprometida para atender a certos e determinados gastos, salvo as determina&ccedil;&otilde;es constitucionais.<br />
<br />
De acordo com o art. 16 do CTN, imposto &eacute; o tributo cuja obriga&ccedil;&atilde;o tem por fato gerador uma situa&ccedil;&atilde;o independente de qualquer atividade estatal espec&iacute;fica, relativa ao contribuinte. Essa<br />
defini&ccedil;&atilde;o deixa claro que a cobran&ccedil;a do imposto n&atilde;o depende de qualquer atividade ou servi&ccedil;o que o Estado preste &agrave; popula&ccedil;&atilde;o. Por isso ele &eacute; conhecido como tributo n&atilde;o contraprestacional.<br />
Em virtude dessa caracter&iacute;stica marcante dos impostos, eles n&atilde;o podem ser vinculados a despesa, &oacute;rg&atilde;o ou fundo, devendo ser utilizados &quot;livremente&quot; pelo titular do Poder Executivo na programa&ccedil;&atilde;o or&ccedil;ament&aacute;ria.