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1. (CESPE/MPC-PA/2019) No primeiro exercício financeiro de uma entidade governamental,
foram registrados os seguintes eventos contábeis.
I Aprovação da LOA com receitas e despesas previstas e fixadas no valor de R$ 250.000 (80% na
categoria econômica corrente e 20% na categoria econômica de capital).
II Lançamento de impostos no valor de R$ 200.000, tendo sido arrecadados 70% desse valor.
III Empenho, liquidação e pagamento de despesas com pessoal no valor de R$ 80.000.
IV Recebimento em doação de bem imóvel no valor de R$ 100.000, para uso nas atividades
administrativas.
V Empenho e liquidação de despesas com água, luz e telefone no valor de R$ 60.000, dos quais
50% foram pagos no exercício e 50%, inscritos em restos a pagar processados.
VI Recebimento de depósitos restituíveis no valor de R$ 20.000.
Considerando-se essas informações, é correto afirmar que, no balanço orçamentário do referido
exercício financeiro, o total das despesas liquidadas, em reais, pela entidade foi igual a 140.000.
Sabe aquele ditado que “tamanho não é documento”? Pois é... essa questão é só tamanho mesmo
porque ela é bem simples. Basta somar os valores da liquidação (eventos III e V).
Despesa Liquidada = 80.000 + 60.000 = 140.000
Gabarito: Certo
2. (CESPE/SLU-DF/2019) O balanço orçamentário permite que o usuário da informação compare
os valores orçados com aqueles efetivamente realizados, haja vista a obrigatoriedade de
apresentação de ambos os quantitativos.
Veja o que dispõe o MCASP:
A NBC TSP 13 – Apresentação de Informação Orçamentária nas Demonstrações Contábeis
determina que a comparação dos valores orçados com os valores realizados decorrentes da
execução do orçamento deve ser incluída nas demonstrações contábeis das entidades que
publicam seu orçamento aprovado, obrigatória ou voluntariamente, para fins de cumprimento das
obrigações de prestação de contas e responsabilização (accountability) das entidades do setor
público.
A Lei 4.320/1964 prevê a elaboração do Balanço Orçamentário e dispõe que ele demonstrará as
receitas e despesas previstas em confronto com as realizadas.
Gabarito: Certo
3. (CESPE/CGE – CE/2019) No ano de transição de governo, o gestor orçamentário emitiu as
seguintes informações acerca das finanças do município referentes ao exercício financeiro:
• orçamento aprovado pelo legislativo local: R$ 5,5 milhões;
• despesas realizadas no exercício: R$ 5,2 milhões;
• despesas efetivamente pagas: R$ 4,7 milhões.
Foi informado ainda que as receitas arrecadadas superaram em R$ 100 mil a previsão aprovada.
A partir desses dados, é correto que o novo gestor considere que houve
a) falha na previsão orçamentária aprovada.
b) superávit orçamentário de R$ 400 mil.
c) excesso de arrecadação de R$ 400 mil.
d) economia de recursos públicos de R$ 800 mil.
e) superávit financeiro de R$ 100 mil.
Vamos analisar as assertivas.
a. Errado. Se o orçamento foi aprovado pelo Legislativo, apenas com as informações acima
fornecidas não como afirmar que houve falha na previsão.
b. Certo. Para achar o resultado orçamentário precisamos confrontar o valor arrecadado com o
valor empenhado. Como as receitas arrecadadas superaram em 100 mil a previsão aprovada (5,5
milhões), verifica-se que a receita arrecada foi de 5,6 milhões. Assim, temos:
Resultado Orçamentário = 5,6 milhões – 5,2 milhões = 400 mil.
Resultado Orçamentário = 5,2 milhões
c. Errado. O excesso de arrecadação foi de 100 mil, pois as receitas arrecadadas superaram em
100 mil a previsão aprovada.
d. Errado. A economia foi de 300 mil (5,5 milhões – 5,2 milhões).
e. Errado. Superávit financeiro é obtido no balanço patrimonial. Com as informações fornecidas
não há como chegar ao valor do superávit financeiro.
Gabarito: B
4. (CESPE/CGM João Pessoa/2018) O superávit obtido no balanço orçamentário consiste na
diferença positiva entre as despesas previstas na lei orçamentária ou em créditos adicionais e as
despesas efetivamente empenhadas.
O superávit é obtido por meio das receitas realizadas (arrecadadas) e as despesas realizadas
(empenhadas).
Gabarito: Errado
5. (CESPE/EBSERH/2018) O valor do superávit financeiro de exercícios anteriores utilizado para
a abertura de créditos adicionais é apresentado no balanço orçamentário e utilizado no cálculo do
déficit ou superávit orçamentário, mas não é considerado receita orçamentária do exercício de
referência.
O superávit financeiro apurado em balanço patrimonial do exercício anterior constitui fonte para
abertura de crédito adicional. Tais valores não são considerados na receita orçamentária do
exercício de referência nem serão considerados no cálculo do déficit ou superávit orçamentário já
que foram arrecadados em exercícios anteriores. Destaca-se que no balanço orçamentário
realmente há evidenciação do superávit financeiro de exercícios anteriores.
Gabarito: Errado
6. (CESPE/EMAP/2018) Determinado estado da Federação apresentou, em 31/12/2017, os
seguintes saldos orçamentários (em milhares de reais), referentes ao ano de 2017:
receita arrecadada 150.000
receita prevista 180.000
despesa fixada 150.000
despesa empenhada 100.000
despesa paga 80.000
despesa liquidada 110.000
A partir dessa situação hipotética, julgue o próximo item, com base no disposto na Lei n.
4.320/1964.
O resultado da execução orçamentária, em 31/12/2017, foi de R$ 50.000.
Resultado Orçamentário = 150.000 (receita arrecadada) – 100.000 (despesa empenhada) = 50.000
Gabarito: Certo
7. (CESPE/TRF1/2017) A tabela a seguir mostra eventos hipotéticos ocorridos no exercício de
2016, em determinado município brasileiro. Os valores são expressos em R$ mil.
Evento Valor
Empenho de crédito extraordinário para a construção de casas 130
Pagamento de material de consumo – compra realizada em 2015 270
Empenho e liquidação de despesas correntes 230
Pagamento de despesas correntes 190
Despesa orçamentária fixada na LOA 610
Despesas de capital liquidadas e pagas 100
Devolução de cauções recebidas 180
Depreciação registrada no exercício 20
A partir dessa tabela, julgue o item que se segue, considerando as normas vigentes relativas a
receitas e despesas no setor público.
O montante das despesas de capital realizadas, constantes do balanço orçamentário, foi inferior a
R$ 120 mil.
Lembre-se que no caso do balanço orçamentário consideramos como realizadas as despesas que
foram empenhadas. Assim, apenas o empenho referente à construção de casas no valor de R$ 130
mil refere-se a uma despesa de capital realizada.
Gabarito: Errado
8. (CESPE/TCE-PE/2017) As Demonstrações Contábeis aplicadas ao Setor Público (DCASP)
fornecem aos usuários informações a respeito dos aspectos de natureza orçamentária, econômica,
patrimonial e financeira das entidades. A partir das demonstrações, o auditor de contas públicas
poderá identificar, no balanço orçamentário, a possível situação de desequilíbrio entre a previsão
da receita e as dotações atualizadas.
Perfeito! Por meio do balanço orçamentário podemos verificar por meio do confronto entre as
receitas previstas (atualizadas) e as despesas fixadas (atualizadas) um equilíbrio ou desiquilíbrio.
O equilíbrio é a situação esperada, porém pode ocorrer o desiquilíbrio conforme muito bem
esclarecido pelo MCASP:

É importante destacar que em decorrência da utilização do superávit financeiro de
exercícios anteriores para abertura de créditos adicionais, apurado no Balanço
Patrimonial do exercício anterior ao de referência, o Balanço Orçamentário
demonstrará uma situação de desequilíbrio entre a previsão atualizada da receita e
a dotação atualizada. Essa situação também pode ser causada pela reabertura de
créditos adicionais, especificamente os créditos especiais e extraordinários que
tiveram o ato de autorização promulgado nos últimos quatro meses do ano anterior,
caso em que esses créditos serão reabertos nos limites de seus saldos e
incorporados ao orçamento do exercício financeiro em referência.
Esse desequilíbrio ocorre porque o superávit financeiro de exercícios anteriores,
quando utilizado como fonte de recursos para abertura de créditos adicionais, não
pode ser demonstrado como parte da receita orçamentária do Balanço Orçamentário que integra o cálculo do resultado orçamentário. O superávit
financeiro não é receita do exercício de referência, pois já o foi em exercício
anterior, mas constitui disponibilidade para utilização no exercício de referência. Por
outro lado, as despesas executadas à conta do superávit financeiro são despesas do
exercício de referência, por força legal, visto que não foram empenhadas no
exercício anterior. Esse desequilíbrio também ocorre pela reabertura de créditos
adicionais porque aumentam a despesa fixada sem necessidade de nova
arrecadação. Tanto o superávit financeiro utilizado quanto a reabertura de créditos
adicionais estão detalhados no campo Saldo de Exercícios Anteriores, do Balanço
Orçamentário.
Gabarito: Certo
9. (CESPE/SEDF/2017) O balanço orçamentário pode demonstrar situação de desequilíbrio entre
a previsão da receita e a dotação da despesa.
Apenas para fixar! Conforme estudamos na questão anterior, o balanço orçamentário pode sim
demonstrar situação de desequilíbrio entre a previsão da receita e a dotação da despesa.
Gabarito: Certo
10. (CESPE/TRE-PE/2017) A execução orçamentária de uma entidade pública hipotética
apresentou as seguintes informações em determinado exercício financeiro já encerrado.
Receita orçamentária Valor (em R$)
Prevista 100
Lançada 80
Executada/arrecadada 70
Despesa orçamentária Valor (em R$)
Fixada 100
Executada/empenhada 90
Paga 60
Nessa situação hipotética, o resultado do balanço orçamentário apurado ao final do referido
exercício apresentou-se deficitário em R$ 20.
Basta confrontarmos as execuções.
Resultado Orçamentário = receita executada – despesa executada
Resultado Orçamentário = 70 – 90 = -20

Gabarito: Certo
11. (CESPE/STJ/2015) Considere que, em determinada entidade governamental, os seguintes
eventos contábeis tenham sido registrados em seu primeiro exercício financeiro.
Previsão da receita orçamentária e fixação da despesa orçamentária no valor de R$ 280.000,00.
Lançamento de impostos no valor de R$ 170.000,00, sendo arrecadados 50% desse valor.
Empenho, liquidação e pagamento de despesas com folha de pessoal no valor de R$ 60.000,00.
Empenho, liquidação e pagamento de serviços de terceiros no valor de R$ 20.000,00.
Aquisição de veí**** no valor de R$ 42.000,00, com recebimento imediato do bem, totalmente
inscrito em restos a pagar.
Com base nessa situação hipotética, julgue o item subsequente acerca das definições e da
estrutura das demonstrações contábeis aplicadas ao setor público.
Considerando que houve apenas arrecadação parcial dos impostos previstos, o resultado
orçamentário do exercício, evidenciado no balanço orçamentário, apresentará superávit de R$
48.000,00.
Resultado Orçamentário (RO) = receita arrecadada – despesa empenhada
A questão informa que foi arrecadado 50% de 170.000,00 (total lançado). Logo, a receita
arrecadada = 85.000,00.
Além disso, a soma dos empenhos foi de: 60.000,00 + 20.000,00 + 42.000,00 (empenho da
aquisição do veí****) = 122.000,00
Logo,
RO = 85.000,00 – 122.000,00 = déficit de 37.000,00
Gabarito: Errado
12. (CESPE/CGE-PI/2015) Na estrutura do balanço orçamentário, devem ser identificadas as
receitas intraorçamentárias realizadas e as despesas intraorçamentárias empenhadas, liquidadas e
pagas.
As receitas e despesas intraorçamentárias, quando relevantes, são detalhadas por meio das notas
explicativas ao balanço orçamentário.
Gabarito: Errado
13. (CESPE/MPU/2015) Os recursos arrecadados em exercícios anteriores podem ser classificados
como superávits financeiros para fins de elaboração do projeto de lei orçamentária.
Segundo o MCASP, os Recursos Arrecadados de Exercícios Anteriores são utilizados para custear
despesas do exercício corrente, permitindo o equilíbrio na aprovação da Lei Orçamentária. Nesse
sentido, os recursos arrecadados em exercícios anteriores poderão ser incluídos na previsão da
receita para fins de equilíbrio orçamentário. Todavia, tais recursos não são passíveis de execução,
por já terem sido arrecadados em exercícios anteriores.
O MCASP destaca que, quando da elaboração do projeto de lei orçamentária, estes recursos
arrecadados em exercícios anteriores ainda não podem ser classificados como superávit
financeiro, já que este só pode ser obtido ao final do exercício. Vale frisar que, na execução do
orçamento, estes recursos serão lançados como superávit financeiro no Balanço Orçamentário na
coluna de receita realizada.
Gabarito: Errado
14. (CESPE/Câmara dos Deputados/2014) Os eventos e dados relacionados abaixo foram
registrados no primeiro exercício financeiro de uma unidade gestora da Câmara dos Deputados.
Aprovação da LOA, com previsão da receita e fixação da despesa no valor de R$ 180.000.
Lançamento de impostos no valor de R$ 90.000, sendo arrecadados 80% desse valor;
Depósitos de terceiros no valor de R$ 18.000, recebidos em garantia de contratos;
Compra de veí**** no valor de R$ 48.000, com vida útil estimada de 5 anos, sendo 50% pagos à
vista e 50% inscritos em restos a pagar.
Com base nessas informações hipotéticas e tendo em vista o plano de contas aplicado ao setor
público composto por oito classes de contas e os critérios para elaboração das demonstrações
contábeis aplicadas ao setor público no referido exercício, julgue o item seguinte.
O resultado orçamentário do exercício apresentou superávit no valor de R$ 24.000.
Resultado Orçamentário (RO) = receita arrecadada – despesa empenhada
A questão informa que foi arrecadado 80% de 90.000,00 (total lançado). Logo, a receita
arrecadada = 72.000,00.
Além disso, foi empenhado 48.000,00 referente à aquisição do veí****
Logo,
RO = 72.000,00 – 48.000,00 = superávit de 24.000,00
Observação: os depósitos de terceiros recebidos em garantia de contratos não entram no balanço
orçamentário, pois são ingressos extraorçamentários. Esses ingressos são evidenciados no balanço
financeiro.
Gabarito: Certo
15. (CESPE/ANTAQ/2014) As autorizações legislativas para a execução de dispêndios, bem como
a previsão das receitas necessárias ao financiamento desses gastos são expressas, no balanço
orçamentário, por seus valores brutos.
Conforme estudamos, a previsão da receita e a fixação da despesa é evidenciada no balanço
orçamentário pelo valor bruto, seguindo o princípio do orçamento bruto.
Gabarito: Certo
16. (CESPE/MPU/2013) No balanço orçamentário, com o objetivo de equilibrar o demonstrativo,
o déficit será informado do lado da receita e o superávit será informado do lado da despesa.
É isso mesmo! Conforme estudamos, com o objetivo de equilibrar a demonstração, o déficit será
informado do lado da receita e o superávit será informado do lado da despesa. Nesse sentido,
na última linha do balanço o total do lado esquerdo do balanço (receitas) será igual ao total do
lado direito do balanço (despesas).
Gabarito: Certo
17. (CESPE/ANS/2013) Determinada entidade do setor público apresentou os eventos
registrados abaixo em seu primeiro exercício financeiro, ocorrido em 2012.
Aprovação da Lei Orçamentária Anual, com previsão da receita e fixação da despesa no valor de
R$ 150.000,00;
Arrecadação de impostos no valor de R$ 60.000,00;
Empenho, consumo e pagamento de despesas com serviços de água, luz e telefone durante o
ano, no valor de R$ 20.000,00;
Recebimento de imóvel em doação no valor de R$ 100.000,00;
Compra de veí**** para uso no valor de R$ 30.000,00, com recebimento imediato do bem, inscrito
integralmente em restos a pagar ao final do exercício financeiro de 2012.
Com base nos eventos acima registrados, julgue o item que se segue, acerca do fechamento das
demonstrações contábeis do ano de 2012 da referida entidade conforme a Lei n.º 4.320/1964.
O resultado orçamentário do exercício foi superavitário em R$ 10.000,00.
Resultado Orçamentário (RO) = receita arrecadada – despesa empenhada
A questão informa que foi arrecadado 60.000,00 com impostos. Logo, a receita arrecadada =
60.000,00.

Além disso, foi empenhado 20.000,00 (despesas com serviços de água, luz e telefone) + 30.000,00
referente à aquisição do veí****.
Logo,
RO = 60.000,00 – 50.000,00 = superávit de 10.000,00
Gabarito: Certo
18. (CESPE/ANTT/2013) No balanço orçamentário, os restos a pagar do exercício corrente serão
computados na receita extraorçamentária para compensar sua inclusão na despesa orçamentária.
Pessoal, se o balanço é ORÇAMENTÁRIO não há que se falar em receita extraorçamentária, não
é mesmo? É no balanço financeiro que os ingressos e dispêndios extraorçamentários são
evidenciados, conforme estudaremos na sequência do nosso curso.
Gabarito: Errado
19. (CESPE/ANTT/2013) O balanço orçamentário demonstra o que foi planejado para as despesas
e receitas do órgão público, em comparação com o que foi efetivamente realizado, incluindo as
inscrições e pagamentos de restos a pagar ocorridos no exercício.
O erro do item está em sua parte final. Não são incluídas as inscrições e pagamentos de restos a
pagar. Esses fatos são evidenciados no balanço financeiro.
Gabarito: Errado
20. (CESPE/TRT17/2013)
Receita prevista R$ 180.000,00
Despesa fixada R$ 180.000,00
Impostos arrecadados R$ 165.000,00
Despesas empenhadas R$ 168.000,00
Despesas liquidadas R$ 152.000,00
Despesas inscritas em restos a pagar R$ 54.000,00
Recebimento de depósitos de terceiros R$ 18.000,00
Com base na Lei n.º 4.320/1964 e nas informações apresentadas na tabela acima, referentes ao
primeiro exercício financeiro encerrado de determinada entidade governamental, julgue o item
que se segue.
A partir do confronto entre as receitas e as despesas, foi apurado o resultado orçamentário do
exercício com superávit no valor de R$ 13.000,00.
Resultado Orçamentário (RO) = receita arrecadada – despesa empenhada
Logo,
RO = 165.000,00 – 168.000,00 = déficit de 3.000,00
Gabarito: Errado
21. (CESPE/ANTAQ/2009) Suponha que, em determinado ente, se tenha verificado, ao final do
exercício, insuficiência de arrecadação de R$ 1.350.000,00 e economia de despesas de R$
800.000,00. Nesse caso, é correto afirmar que houve déficit na execução orçamentária de R$
550.000,00.
Excelente questão! De posse das informações podemos chegar ao resultado orçamentário.
Acompanhe o raciocínio...
Se houve insuficiência de arrecadação, é porque as receitas arrecadadas foram menores que as
receitas previstas. Assim, temos:
Insuficiência de Arrecadação = Receitas Previstas – Receitas Arrecadadas
1.350.000,00 = Receitas Previstas – Receitas Arrecadadas
Receitas arrecadadas = Receitas Previstas – 1.350.000,00 (I)
Se houve economia de despesa é porque as despesas executadas foram menores que as despesas
fixadas. Assim, temos:
Economia de despesa = despesa fixada – despesa executada
800.000,00 = despesa fixada – despesa executada
Despesa Executada = despesa fixada – 800.000,00 (II)
Além disso, sabemos que a Receita Prevista é igual à Despesa Fixada
Receita Prevista = Despesa Fixada (III)
Logo, o Resultado Orçamentário pode ser assim calculado:
RO = (Receitas Previstas – 1.350.000,00) – (Despesa Fixada – 800.000)
RO = - 1.350.000,00 + 800.000,00 + receitas previstas - despesas fixadas
Como receitas previstas = despesas fixadas, temos:
RO = - 1.350.000,00 + 800.000,00 + receitas previstas - despesas fixadas
RO = - 550.000,00 (déficit)
Gabarito: Certo
22. (CESPE/PF/2014) No balanço orçamentário evidencia-se o montante referente à reabertura
de créditos suplementares e especiais reabertos no exercício, sob o título de saldo de exercícios
anteriores.
Vamos aproveitar essa questão para revisar o que estudamos na parte teórica sobre a rubrica
“saldo de exercícios anteriores”.
Saldos de Exercícios Anteriores: aqui temos que estudar o que dispõe o MCASP:
É importante destacar que em decorrência da utilização do superávit financeiro de
exercícios anteriores para abertura de créditos adicionais, apurado no Balanço
Patrimonial do exercício anterior ao de referência, o Balanço Orçamentário
demonstrará uma situação de desequilíbrio entre a previsão atualizada da receita e
a dotação atualizada. Essa situação também pode ser causada pela reabertura de
créditos adicionais, especificamente os créditos especiais e extraordinários que
tiveram o ato de autorização promulgado nos últimos quatro meses do ano anterior,
caso em que esses créditos serão reabertos nos limites de seus saldos e
incorporados ao orçamento do exercício financeiro em referência.
Esse desequilíbrio ocorre porque o superávit financeiro de exercícios anteriores,
quando utilizado como fonte de recursos para abertura de créditos adicionais, não
pode ser demonstrado como parte da receita orçamentária do Balanço
Orçamentário que integra o cálculo do resultado orçamentário. O superávit
financeiro não é receita do exercício de referência, pois já o foi em exercício
anterior, mas constitui disponibilidade para utilização no exercício de referência. Por
outro lado, as despesas executadas à conta do superávit financeiro são despesas do
exercício de referência, por força legal, visto que não foram empenhadas no
exercício anterior. Esse desequilíbrio também ocorre pela reabertura de créditos
adicionais porque aumentam a despesa fixada sem necessidade de nova
arrecadação. Tanto o superávit financeiro utilizado quanto a reabertura de créditos
adicionais estão detalhados no campo Saldo de Exercícios Anteriores, do Balanço
Orçamentário.
Assim, o erro do item está em afirmar que os créditos suplementares podem ser reabertos. Apenas
os créditos extraordinários e especiais podem ser reabertos e, portanto, ser evidenciado como
“saldos de exercícios anteriores” no balanço orçamentário.
Gabarito: Errado
23. (CESPE/CADE/2014) O balanço orçamentário apresenta detalhamento das receitas pelos
valores líquidos, assim como as deduções, restituições e descontos do valor bruto das mesmas
receitas na coluna das despesas.
Questão capciosa! Segundo o MCASP, as receitas deverão ser informadas pelos valores líquidos
das respectivas deduções, tais como restituições, descontos, retificações, deduções para o
Fundeb e repartições de receita entre os entes da Federação, quando registradas como dedução.
Veja que a banca trocou a expressão “tais como” que denota sentido exemplificativo, ou seja, as
restituições, descontos, retificações, deduções para o Fundeb e repartições de receita entre os
entes da Federação são exemplos de deduções.
Agora veja que ao usar o termo “assim como” muda totalmente o sentido. Esse termo dá ideia de
adição. Agora o sentido é de que as deduções, restituições, descontos, retificações, deduções
para o Fundeb e repartições de receita entre os entes da Federação são detalhadas no Balanço
Orçamentário, o que não é verdade.
Além disso, podemos identificar outro erro. Todas essas deduções não são apresentadas na coluna
da despesa. Elas entram deduzindo o valor da receita, a qual passa a ser evidenciada líquida dessas
deduções.
Gabarito: Errado
24. (CESPE/MTE/2014) Considere que no primeiro exercício financeiro de determinada unidade
gestora do MTE tenham sido registrados os seguintes eventos:
I aprovação da lei orçamentária anual, com previsão de receita e fixação de despesa, no valor de
R$ 220.000,00;
II lançamento de impostos no valor de R$ 110.000,00, com arrecadação de 60% desse valor;
III compra de imóvel à vista, no valor de R$ 60.000,00, com recebimento imediato do bem;
IV empenho e liquidação de serviços de vigilância no valor de R$ 48.000,00, com 50% desse valor
pago e o restante inscrito em restos a pagar;
V ingressos extraorçamentários no valor de R$ 20.000,00.
Com base nessas informações, julgue o item que se segue, relativo ao regime contábil e aos
critérios utilizados para elaboração das demonstrações contábeis aplicadas ao setor público.
No balanço orçamentário, foram realizadas receitas no valor de R$ 66.000,00.
Questão “água na canela”! De todos os fatos, apenas o fato II representa arrecadação de receita
orçamentária. Nesse fato, temos uma arrecadação de 66.000,00 (60% de 110 mil).
Gabarito: Certo
25. (CESPE/SUFRAMA/2014) No encerramento do primeiro exercício financeiro de determinada
entidade governamental, foram identificados os seguintes registros contábeis:
I previsão da receita orçamentária em R$ 110.000 e fixação da despesa orçamentária em R$
100.000;

II lançamento de impostos no valor de R$ 60.000, sendo arrecadados 50% desse valor;
III recurso decorrente de operação de crédito contratada e recebida no exercício, no valor de R$
50.000;
IV empenho, liquidação e pagamento de despesas de água, luz e telefone no exercício no valor
de R$ 20.000;
V empenho e liquidação de despesa orçamentária referente à aquisição de imóvel para uso da
entidade no valor de R$ 80.000, sendo metade paga à vista e o restante inscrito em restos a pagar,
com recebimento imediato do bem.
Considerando os registros acima relacionados, o regime contábil e o processo de elaboração das
demonstrações contábeis aplicadas ao setor público, julgue o item subsecutivo.
O resultado orçamentário do exercício apurado no balanço orçamentário será superavitário em
R$ 10.000.
Resultado Orçamentário (RO) = receita arrecadada – despesa empenhada
A questão informa que foi arrecadado 50% de 60.000,00 (total lançado). Logo, temos uma
arrecadação de 30.000,00.
Além disso, há uma arrecadação decorrente da operação de crédito, no valor de 50.000,00.
Do lado da despesa, foi empenhado 20.000,00 (despesas com serviços de água, luz e telefone) +
80.000,00 referente à aquisição do imóvel.
Logo,
RO = 30.000,00 + 50.000,00 – 80.000,00 – 20.000,00
RO = 80.000,00 – 100.000,00 = déficit de 20.000,00
Gabarito: Errado
26. (CESPE/MJ/2013) Os restos a pagar do exercício corrente devem ser incluídos na receita
extraorçamentária, para compensar sua inclusão na despesa orçamentária, devendo seus impactos
ser devidamente evidenciados no balanço orçamentário.
Pessoal, falou em “extraorçamentário”, pode esquecer o balanço orçamentário. O erro do item
está na última palavra. É no balanço financeiro que os restos a pagar devem ser incluídos na receita
extraorçamentária.
Gabarito: Errado
27. (CESPE/TCU/2013) No balanço orçamentário, se demonstrado que houve economia
orçamentária no orçamento corrente e excesso de arrecadação no orçamento de capital, é
possível que ocorra déficit orçamentário.
Economia orçamentária = despesas executadas < despesas fixadas
Excesso de arrecadação = receitas arrecadas > receitas previstas
Para conseguir visualizar a situação, é interessante inserirmos valores hipotéticos. Essa é uma
técnica válida na hora da prova para confirmar (ou não) com números a afirmação do examinador.
É claro que devemos usar números fáceis...
Vamos considerar os seguintes valores hipotéticos:
Receita Corrente Prevista = 10,00
Receita Corrente Arrecadada = 7,00
Despesa Corrente Fixada = 10,00
Despesa Corrente Executada = 9,00
Economia orçamentária no orçamento corrente = 1,00
Receita de Capital Prevista = 10,00
Receita de Capital Arrecadada = 11,00
Excesso de arrecadação no orçamento de capital = 1,00
Despesa de Capital Fixada = 10,00
Despesa de Capital Executada = 10,00
Resultado Orçamentário = receita arrecadada – despesa executada
RO = 18,00 – 19,00 = déficit de 1,00
Veja que realmente é possível que ocorra déficit orçamentário no cenário apresentado (excesso
de arrecadação no orçamento de capital e economia orçamentária no orçamento corrente).
Ressalta-se que é uma possibilidade... pode haver superávit também, a depender dos valores
previstos/fixados e executados.
Gabarito: Certo



Os dados das tabelas acima, em que os valores são expressos em reais, foram extraídos do
balancete da prefeitura de uma cidade, em 31/12/2010, e representam apenas as receitas e
despesas orçamentárias executadas. Com base nos dados apresentados, julgue os próximos itens.
Os dados das tabelas acima, em que os valores são expressos em reais, foram extraídos do
balancete da prefeitura de uma cidade, em 31/12/2010, e representam apenas as receitas e
despesas orçamentárias executadas. Com base nos dados apresentados, julgue os próximos itens.

28. (CESPE/Perito Criminal PF/2013) Com base apenas nos dados mostrados na tabela
apresentada, não é possível afirmar que a elaboração do balanço orçamentário da referida
prefeitura demonstrará economia de despesas. Por outro lado, é possível afirmar que a execução
orçamentária demonstra descapitalização.
Vamos dividir a análise da questão em duas partes.
I - Com base apenas nos dados mostrados na tabela apresentada, não é possível afirmar que a
elaboração do balanço orçamentário da referida prefeitura demonstrará economia de despesas.
Essa parte está correta. Veja que é apresentada apenas a despesa executada. A despesa fixada,
necessária para o cálculo da economia de despesa, não é fornecida. Logo, realmente não é
possível calcular a economia de despesa apenas com os dados informados.
II - Por outro lado, é possível afirmar que a execução orçamentária demonstra descapitalização.
Essa parte está errada. O que ocorre é uma capitalização. Veja que temos um superávit corrente
e um déficit de capital. Nesse cenário, temos a aplicação de receita corrente em despesa de
capital, algo positivo.
Receitas Correntes – Despesas Correntes = 400.000 – 270.000
Superávit corrente = 130.000
Receitas de Capital – Despesas de Capital = 210.000 – 320.000
Déficit de capital = 110.000,00
Gabarito: Errado
Os dados das tabelas acima, em que os valores são expressos em reais, foram extraídos do
balancete da prefeitura de uma cidade, em 31/12/2010, e representam apenas as receitas e
despesas orçamentárias executadas. Com base nos dados apresentados, julgue os próximos itens.

29. (CESPE/Perito Criminal Federal PF/2013) No balanço orçamentário, haverá resultado
orçamentário correspondente a superávit de R$ 20.000 e déficit no orçamento de capital.
Resultado Orçamentário (RO) = receita arrecadada – despesa empenhada
RO = 610.000 – 590.000 = 20.000 (superávit)
Receitas de Capital – Despesas de Capital = 210.000 – 320.000
Déficit de capital = 110.000,00
Gabarito: Certo
Os dados das tabelas acima, em que os valores são expressos em reais, foram extraídos do
balancete da prefeitura de uma cidade, em 31/12/2010, e representam apenas as receitas e
despesas orçamentárias executadas. Com base nos dados apresentados, julgue os próximos itens.


30. (CESPE/TRT10/2013) Os valores referentes ao refinanciamento da dívida mobiliária deverão
constar, destacadamente, no balanço orçamentário, nas receitas de operações de crédito internas
e externas e, nesse mesmo nível de agregação, nas despesas com amortização da dívida de
refinanciamento.

Trata-se de exigência literal do disposto no MCASP. Os valores referentes ao refinanciamento da
dívida mobiliária e de outras dívidas deverão constar, destacadamente, nas receitas de operações
de crédito internas e externas e, nesse mesmo nível de agregação, nas despesas com amortização
da dívida de refinanciamento.
Gabarito: Certo