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10 Cartas en este set
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1. O princípio da Supremacia do Interesse público sobre o Privado vigora de
forma absoluta no Ordenamento Jurídico Brasileiro, de forma que os interesses da administração Pública devem sempre prevalecer sobre os interesses privados, mesmo em detrimento a direitos individuais. |
ERRADO.
Primeiramente, vale destacar que nenhum princípio é absoluto, seja ele explícito ou implícito. Além disso, em que pese o interesse público dever prevalecer sobre o privado sempre que houver conflito entre eles nas relações verticais (relação entre Administração e administrado), com vistas ao benefício da coletividade, deve haver respeito sempre, por óbvio, aos direitos e garantias individuais. |
2. Apesar de a Administração Pública se pautar no princípio da publicidade, é
ilegítima a publicação dos nomes de seus servidores e do valor dos correspondentes vencimentos. |
ERRADO.
O Supremo Tribunal Federal entendeu ser legitimidade a divulgação dos referidos dados. É legítima a publicação, inclusive em sítio eletrônico mantido pela Administração Pública, dos nomes de seus servidores e do valor dos correspondentes vencimentos e vantagens pecuniárias. (STF. Plenário. ARE 652777/SP, Rel. Min. Teori Zavascki, julgado em 23/4/2015 (repercussão geral) (Info 782) |
3. O princípio da supremacia do interesse público sobre o interesse particular
prevalece sobre os demais princípios, uma vez que a própria origem da noção de Estado remonta à sobreposição do interesse coletivo sobre o individual. |
Errada. A prevalência de determinado princípio sobre outros, no caso concreto,
depende da análise da situação fática específica, sendo impossível definir-se, previamente, qual dos princípios prevalecerá. |
4. À exceção do princípio da publicidade, que pode ser mitigado em razão de
necessidade de segredo de justiça e de segredo de Estado, os demais princípios devem ser aplicados no caso concreto, sob pena de nulidade do ato. |
Errada. Nenhum princípio é absoluto ou superior aos demais, todos podem, por um
motivo ou outro, ser mitigados ou relativizados no caso concreto, conforme a técnica da ponderação. |
5. O ato administrativo é considerado perfeito quando sua criação se
encontra adequada aos requisitos estabelecidos em nosso ordenamento jurídico. |
Gabarito: ERRADO.
a perfeição diz respeito ao processo de elaboração do ato, enquanto a validade diz respeito à conformidade do ato com a lei. Assim, o ato perfeito é o que contém todos elementos constitutivos previstos na lei. Já o ato válido é aquele cujos elementos de formação não apresentam nenhum vício. Perceba, portanto, que a definição da assertiva descreve o ato válido, não o perfeito. |
6. O ato administrativo complexo é aquele cujo conteúdo é resultado da
manifestação de apenas um órgão, porém a sua edição ou a produção de seus efeitos depende de um outro ato que o aprove. |
ERRADO.
O conceito trazido pelo item é de ato administrativo composto. O ato administrativo complexo é o que necessita, para sua formação, da manifestação de vontade de dois ou mais diferentes órgãos ou autoridades. |
7. A doutrina classifica o parecer como sendo um ato enunciativo.
|
CERTO
Segundo Hely Lopes Meirelles, atos enunciativos são atos por meio dos quais a Administração atesta ou reconhece uma situação de fato ou de direito. Por exemplo, atestados, pareceres e apostilas. |
8. O controle externo, a cargo do Congresso Nacional, será exercido com o
auxílio do Tribunal de Contas da União, tendo como uma de suas atribuições julgar as contas dos administradores e demais responsáveis por dinheiros, bens e valores públicos da administração direta e indireta, incluídas as fundações e sociedades instituídas e mantidas pelo Poder Público federal, e as contas daqueles que derem causa a perda, extravio ou outra irregularidade de que resulte prejuízo ao erário público. |
CERTO.
A assertiva está em conformidade com o art. 71, II, da Constituição Federal: Art. 71 - O controle externo, a cargo do Congresso Nacional, será exercido com o auxílio do Tribunal de Contas da União, ao qual compete: (...) II - julgar as contas dos administradores e demais responsáveis por dinheiros, bens e valores públicos da administração direta e indireta, incluídas as fundações e sociedades instituídas e mantidas pelo Poder Público federal, e as contas daqueles que derem causa a perda, extravio ou outra irregularidade de que resulte prejuízo ao erário público |
9. O Poder Judiciário manterá, juntamente com os demais poderes, de forma
integrada, o sistema de controle interno com a finalidade de avaliar os resultados, quanto à eficácia e eficiência, da aplicação de recursos públicos por entidades de direito privado. |
CERTO.
A assertiva está de acordo com o art. 74, II, da Constituição Federal: Art. 74. Os Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário manterão, de forma integrada, sistema de controle interno com a finalidade de: I - avaliar o cumprimento das metas previstas no plano plurianual, a execução dos programas de governo e dos orçamentos da União; II - comprovar a legalidade e avaliar os resultados, quanto à eficácia e eficiência, da gestão orçamentária, financeira e patrimonial nos órgãos e entidades da administração federal, bem como da aplicação de recursos públicos por entidades de direito privado; III - exercer o controle das operações de crédito, avais e garantias, bem como dos direitos e haveres da União; IV - apoiar o controle externo no exercício de sua missão institucional. |
10. Cabe mandado de injunção contra omissão total ou parcial na
regulamentação de normas constitucionais, inclusive na hipótese de já haver norma sobre o assunto, caso ela seja defeituosa. |
ERRADO
De fato, o mandado de injunção é aplicável tanto contra a omissão total quanto parcial na regulamentação de normas constitucionais de eficácia limitada, porém tal remédio não é cabível se já houver norma regulamentadora do direito constitucional contestado, mesmo que esta seja defeituosa. |