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Para Waltz, não é possível um sistema internacional unipolar. Um mundo bipolar, o mínimo possível, seria mais estável e com menor grau de incerteza do que um mundo multipolar.
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CERTO. Para Waltz, que diferencia a anarquia e a hierarquia, o sistema internacional era estruturalmente anarquico. O SI seria no mínimo bipolar, ou multipolar, mas em ambas as situações, não existiria um princípio ordenador central.
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(CESPE/2017) Um argumento importante desenvolvido pelo teórico idealista Norman Angell é o de que a guerra não é economicamente proveitosa para os países agressores.
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CERTO. Os idealistas são identificados como polo de um debate (em oposição aos realistas), no I Grande Debate que se seguiu à publicação de "Vinte Anos de Crise" de Edward H. Carr. Para o autor, os idealistas "viam o mundo como deveria ser" em oposição "ao que era".
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(CESPE/2017) Um dos princípios do realismo político de Hans Morgenthau é o de que o interesse dos Estados nunca pode ser definido exclusivamente em termos de poder.
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ERRADO. Para Morguenthau, o interesse dos Estados é sempre configurado em termos de poder. Sua expressão pode variar no espaço e no tempo, mas sua busca é uma constante na política. Todos os Estados tem o mesmo objetivo: o poder, o que seria um reflexo da própria natureza humana da busca por sobrevivência.
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Para Morgenthau, a dimensão política refletia a natureza humana, o que explicaria o comportamento egoísta dos estados na situação de anarquia internacional.
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CERTO. Waltz tenta superar este argumento com o aspecto estrutural em sua teoria - o neorrealismo -, substituindo a explicação da natureza humana egoísta pela própria condição da anarquia, que constrange e impede a mudança do comportamento estatal mesmo que os agentes estivessem dispostos a tal.
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Em "Vinte Anos de Crise", Edward H. Carr expôs o debate filosófico entre os que descrevem o mundo como ele é, e os que descrevem como poderia ser. O autor toma o lado destes últimos, argumentando a necessidade de um projeto comum entre as nações para evitar uma nova guerra.
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ERRADO. Edward H. Carr estava do lado dos que analisavam o mundo "como ele é" - que identifica como realista, em oposição ao idealista.
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Para Morgenthau, era justificável a não-observação de princípios morais em ações que assegurassem a segurança do estado.
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CERTO. Para Morgenthau, os princípios morais de um Estado não são universais, mas particulares a ele. Devem guiar a política, mas estão subordinados à capacidade de sobrevivência do Estado.
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Cunhado por David Mitrany, o conceito de "Dilema de Segurança" resgata o dilema do prisioneiro e descreve uma situação no qual o aumento de arsenal bélico defensivo por uma nação pode acabar escalando para um conflito.
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ERRADO. O termo, na verdade, foi concebido por John Herz
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Uma consequência do behaviorismo nas Relações Internacionais foram o aumento de análises quantitativas na explicação de fenômenos internacionais.
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CERTO. Os behavioristas criticavam a análise tradicionalista, calcada em princípios normativos, mas sem base empírica.
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Para Waltz, a causa de permanente estado de guerra entre as nações é explicada pela natureza humana.
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ERRADO. Ao contrário de Mortgenthau, Waltz vai utilizar a anarquia estrutural como explicação para o comportamento dos Estados.
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Uma discordância entre Waltz e Gilpin é que, para este último, é possível alterar a estrutura do sistema internacional.
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CERTO. Esta estrutura estaria atrelada ao elemento da hegemonia.
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Autores da Escola Inglesa concordavam com os realistas no sentido de que a moralidade e a ética são importantes guias políticos, mas estavam submetidas ao interesse nacional.
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ERRADO. A escola inglesa concorda com os realistas da existência de uma anarquia, mas enfatizam a necessidade de busca proativa dos Estados em uma construção ética das relações, conformando a "sociedade dos Estados".
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Para Mearsheimer, a maior capacidade de um Estado é a bélica, o que naturaliza uma expansão militar justificada pela busca de hegemonia.
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CERTO. Para os realistas ofensivos, a maior forma de segurança de um Estado é o status de hegemonia, o que justifica uma supremacia na capacidade bélica.
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(CESPE/2017) Criada no contexto da política externa norte-americana da década de 70 do sé**** passado, reconhecidamente realista, a alta política, marcada pelo emprego da força militar, distingue-se da baixa política, caracterizada pela diplomacia.
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ERRADO. Ambas as políticas se utilizam da diplomacia para as suas resoluções. No contexto da guerra fria, high politics seriam as agendas de segurança, ao passo que as low politics seriam as demais agendas, como economia e cultura.
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(CESPE/2017) Embora suas origens remontem à Antiguidade Clássica, como se verifica especialmente na obra de Tucídides, o realismo estrutural só se projetou ao ter reiterada, na obra de Hans Morgenthau publicada durante a Guerra Fria, a sua utilidade no exame da influência do processo decisório da política externa nas interações entre os Estados.
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ERRADO. Apesar de a referência a Tucídides está correta; o realismo de Morgenthau não é estrutural, mas um realismo clássico, pautado pela percepção hobbesiana. O realismo estrutural é o de Kenneth Waltz, do neorrealismo, focando nas relações de poder entre os Estados.
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(CESPE/2010) Para os realistas, as relações internacionais articulam-se, fundamentalmente, em torno dos Estados.
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CERTO. Para a teoria realista das Relações Internacionais, o Estado é o único ator relevante no sistema internacional. O Estado tem, para essa teoria, duas funções: manter a paz dentro de suas fronteiras e garantir a defesa no caso de uma agressão externa.
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(CESPE/2010) Para os realistas, questões de defesa nacional ocupam o topo da agenda diplomática dos Estados.
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CERTO. A questão da segurança é prioritária nas relações entre os Estados, de acordo com o Realismo. A condição anárquica do sistema internacional estimula a desconfiança entre os Estados, que tendem a buscar permanentemente a sobrevivência.
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(CESPE/2010) Para os realistas, a cooperação entre organismos internacionais e entidades transnacionais constitui aspecto central da consolidação de uma agenda de paz e segurança.
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ERRADO. Não há cooperação prevista na teoria Realista. A paz mundial, de acordo com Kenneth Waltz, somente poderia ser alcançada por meio da balança de poder, mas não da cooperação.
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(CESPE/2010) Costuma-se invocar Tucídides e Hobbes como patronos das teses que fundamentam a tradição realista, o que não se aplica a Maquiavel, considerado pai da política moderna.
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ERRADO. Maquiavel também é um dos patronos que fundamentam a tradição realista.
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(CESPE/2018) Embora o realismo seja uma tradição teórica da área de Relações Internacionais que apresenta uma grande diversidade, é possível afirmar que, para os realistas, os Estados são os atores centrais das relações internacionais, as quais se caracterizam pela anarquia e, sobretudo, pela cooperação para sobreviver.
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ERRADO. Para o Realismo, certamente os Estados são atores centrais, certamente as RI se caracterizam pela anarquia; o problema está em "sobretudo". É possível haver cooperação para a perspectiva realista, ainda que sempre autointeressada, com vistas a sobreviver. Mas afirmar que o status dessa cooperação é superior ao da anarquia nessa construção teórica certamente é incorreto, visto que é a própria ausência de um ente superior ao Estado a característica definidora do próprio sistema internacional e orienta a ação dos Estados.
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(IADES/2020) O Primeiro Debate contribuiu para a autonomia científica das Relações Internacionais e resultou na consolidação do liberalismo como a principal teoria dessa área do conhecimento até a Segunda Guerra Mundial.
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ERRADO. O Primeiro Debate das relações internacionais consiste na contraposição das premissas de idealistas e realistas, sobretudo entre as décadas de 1920 e 1940. Esse debate, diferentemente do que está apresentado no item, não resultou na consolidação do liberalismo idealista como principal teoria das RI’s, mas na sua contestação, sobretudo após a publicação da obra Vinte Anos de Crise, de Edward H. Carr.
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(CESPE/2017) Segundo o teórico realista das relações internacionais Kenneth Waltz, a posse de uma bomba nuclear pelo Irã geraria estabilidade no Oriente Médio.98xs
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CERTO. Waltz aponta para os sistemas bipolares como sendo mais estáveis pela natureza da balança de poder que estes acarretam. Segundo Waltz, os caminhos de cooperação possíveis com países de menor estatura cratológica em um sistema bipolar são mais factíveis para regulação das partes em um cenário anárquico e irregularmente distributivo.
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(CESPE/2017) A teoria da interdependência complexa, desenvolvida por institucionalistas liberais como Robert Keohane e Joseph Nye, é caracterizada pela não hierarquização de temas de política Internacional.
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CERTO. Na teoria da interdependência complexa, além dos estados, outros atores não podem ser desconsiderados (sociedade civil, empresas transnacionais e outros agentes não estatais). Dessa maneira, a segurança não explica, por si só, a ordem internacional. A “interdependência complexa” refere-se a uma situação na qual múltiplos canais de contato conectam as sociedades de uma série de países, de modo independente da ação estatal, em relações interestatais, transgovernamentais e transnacionais. Os estados, portanto, não monopolizam esses canais de contato. Não há hierarquização de temas de política internacional, com agendas em constante transformação e conexões entre os temas priorizados. Além disso, verifica-se queda relativa do uso da força militar e do poder de coerção nas relações internacionais.
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(CESPE/2016) De acordo com o liberalismo institucional, as instituições internacionais, como as Nações Unidas, a Organização Mundial do Comércio e a União Europeia, ajudam a promover a cooperação entre os Estados, mitigando, assim, as consequências da anarquia do sistema internacional.
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Para os neoliberais institucionais, como Keohane, a cooperação será facilitada e estimulada pelas instituições internacionais. As instituições reduzem a possibilidade de trapaça, uma vez que o aumento do fluxo de informações gera maior transparência. Ademais, há sanções a comportamentos desviantes e mecanismos de monitoramento, pois a ação de hoje se projetará sobre o futuro.
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(CESPE/2016) As teorias das relações internacionais formuladas por Hans Morgenthau e, mais recentemente, por John Mearsheimer, ao postularem a promoção da segurança como finalidade última da ação dos Estados, caracterizam-se pelo realismo defensivo.
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ERRADO. O erro está em classificar os dois autores como adeptos do realismo defensivo. Essa concepção é adotada pela corrente realista, da qual Hans Morgenthau foi expoente. Dentro do neorrealismo, Mearsheimer preconiza o realismo ofensivo, que argumenta que os estados não estão satisfeitos com uma quantidade de poder. Os estados buscam hegemonia por segurança, pois o sistema internacional anárquico cria incentivos para que eles busquem oportunidades de ganhar poder às custas de seus competidores.
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(CESPE/2014) Constituídas pelos Estados nacionais, as organizações internacionais governamentais são agentes desses atores principais e realizam apenas a vontade da maioria de seus integrantes, de forma objetiva e direta.
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ERRADO. As Organizações Internacionais não realizam apenas a vontade da maioria de seus integrantes. As ações das OIs são determinadas de acordo com o acordo constitutivo de cada uma delas. Outrossim, a personalidade jurídica reconhecida às OIs reflete a autonomia dessas organizações em relação aos Estados-membros, no que diz respeito a ação de órgãos específicos e competências próprias adquiridas no momento de sua criação.
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(CESPE/2014) As premissas compartilhadas pelos realistas, em todas as suas vertentes, incluem a possibilidade de distinção das políticas externa e interna desenvolvidas pelos Estados nacionais, a predominância da preocupação com a própria segurança e a valorização do poder como o principal elemento explicativo do comportamento dos Estados no ambiente internacional.
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CERTO. Os realistas explicam a política externa em termos de política de poder. Nessa acepção, o tamanho relativo dos recursos materiais de um estado tende a influenciar sua habilidade de definir a agenda internacional e de influenciar decisões e resultados específicos.
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(CESPE/2013) O debate entre neorrealismo e neoliberalismo institucional marcou os anos 60, especialmente devido à influência das teorias cibernéticas, que empregavam os conceitos neorrealistas, na formulação da política externa da ex-União Soviética.
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ERRADO. O debate neo-neo, como é conhecido o debate entre neorrealistas e neoliberais, ocorre nas décadas de 1970 e 1980, e nada tem a ver com teorias cibernéticas.
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(CESPE/2013) A interdependência complexa surgiu como paradigma de análise das relações internacionais por influência da Teoria da Dependência, que reinterpreta as teses liberais, no marco das instituições de Bretton Woods, para explicar o que veio a ser conhecido como processo de globalização econômica.
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ERRADO. Teoria da Dependência tem base teórica no marxismo, muito diferente da teoria liberal, que desenvolveu a ideia da interdependencia complexa, especialmente nos estudos de Robert Keohane e Joseph Nye.
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(CESPE/2018) A crença no progresso da humanidade e na sua racionalidade e a ideia de que a intensificação do comércio favorece a paz são alguns dos fundamentos do liberalismo. É na tradição liberal que se encontram os fundamentos para a criação das organizações internacionais pelas potências vencedoras da Segunda Guerra Mundial.
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CERTO. Assertiva simplesmente condensa os principais pressupostos da perspectiva liberal nas RI, que estão de acordo com a tradição liberal nas ciências sociais em geral. Crença no progresso e na racionalidade remontam a Kant, no livre-comércio, à Montesquieu e Norman Angell. Da mesma força, a crença nas instituições como capazes de pavimentar o caminho da paz é outra característica dessa abordagem teórica. Ainda que possa ser argumentado que o CS é estruturado de acordo com a política de poder, isso não invalida a inspiração liberal da construção institucional como um todo - basta olhar para a AG.
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(IADES/2020) O Comitê Britânico de Teoria de Política Internacional surgiu no contexto do Segundo Debate, e uma de suas contribuições teóricas foi a utilização do pensamento político dos 3R’s para explicar as relações internacionais.
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certo. Como movimento intelectual, a Escola Inglesa começou com a criação do Comitê Britânico de Teoria de Política Internacional, a partir de 1958. O tema dominante da Escola Inglesa passou a ser o sistema de Estados, largamente refletido nas obras de Martin Wight (O sistema de Estados), que também definiu os “3 R’s” – Realismo, Revolucionismo e Racionalismo – e Hedley Bull (A sociedade anárquica)
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(IADES/2022) A racionalidade que sustenta as perspectivas realista e liberal das Relações Internacionais favorece o Estado como ator fundamental. Este é privilegiado por sua capacidade regulatória doméstica em detrimento das inerentes dificuldades encontradas na esfera internacional.
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CERTO. É possível argumentar que a Síntese Neo-Neo aponta algumas concordâncias entre neorealistas e neoliberais, a principal delas sendo a aceitação dos Estados como atores centrais e a sua existência em um ambiente internacional anárquico. Enquanto os Realistas enxergam os Estados como uma bola de bilhar [política interna não interfere na política externa], os liberais acreditam que Estados mais democráticos tendem a ter uma maior preocupação com a preservação da paz. Na visão dessas duas teorias, apesar de terem uma apresentação diferente, o Estado possui maior capacidade de regular os conflitos internamente do que externamente, justamente pela esfera internacional possuir uma essência anárquica.
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(IADES/2022) Na perspectiva neorrealista, a soberania dos Estados não é um salvo-conduto, e mesmo Estados revolucionários acabam afetados pela estrutura internacional anárquica, pois são constrangidos a ajustarem seus comportamentos.
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CERTO. O Realismo Estrutural de Kenneth Waltz aponta uma estrutura anárquica como determinante do comportamento dos Estados. Em contexto amplo, os realistas defendem a precedência ontológica da estrutura em relação aos agentes. Não importa a forma que o Estado assuma (democrática, autoritária, monárquica ou republicana), todos eles terão seus comportamentos constrangidos pela estrutura.
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(IADES/2022) Os teóricos do neoliberalismo das Relações Internacionais diferenciam a interdependência enquanto instrumento retórico da interdependência como conceito analítico. À medida que a primeira enfatiza custos compartilhados na política internacional, a segunda avalia as dimensões da sensibilidade e a vulnerabilidade na busca da simetria nas relações entre os Estados.
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ERRADO. O item traz uma inversão dos conceitos trazidos pelos teóricos da interdependência (Nye e Keohane). A interdependência quanto instrumento retórico avalia as dimensões da sensibilidade e vulnerabilidade na busca da simetria nas relações entre os Estados; a interdependência como conceito analítico, por sua vez, enfatiza custos compartilhados na política internacional.
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(IADES/2022) Conforme os defensores da chamada Teoria da Paz Democrática, regimes autoritários encontram mais facilidade em lançarem seus Estados em conflitos bélicos, se comparados aos regimes democráticos, uma vez que sofrem relativamente pouco controle por parte dos Poderes Legislativo e Judiciário e por parte da opinião pública.
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CERTO. Podemos destacar entre os defensores da Teoria da Paz Democrática, autores clássicos como Immanuel Kant e autores contemporâneos como Michael Doyle.
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Os liberais pregam a importância das organizações internacionais governamentais (OIGs) por essas aumentarem a previsibilidade, a estabilidade e a socialização de informações nas relações entre os atores. Os realistas ditam que as OIGs não alteram, de forma decisiva, as escolhas dos Estados, pois, em última instância, estes sempre estarão mais interessados nos ganhos relativos do que nos ganhos absolutos que a cooperação pode gerar.
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ERRADO. Os autores liberais realmente dão maior importância para a pluralidade de atores que existem no Sistema Internacional, entre elas as OIGs. Além de contribuírem com a definição de regimes internacionais, elas podem facilitar a cooperação e a paz. Entretanto, o item afirma corretamente que o realistas não são tão enfáticos em relação à importância das OIG’s, sobretudo porque os Estados pensam mais nos ganhos de curto prazo, e tendem a enxergar a cooperação menos como uma mecanismo de superação da anarquia, e mais como uma faceta de ganhos mínimos na relação entre eles.
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(IADES/2022) Os liberais pregam a importância das organizações internacionais governamentais (OIGs) por essas aumentarem a previsibilidade, a estabilidade e a socialização de informações nas relações entre os atores. Os realistas ditam que as OIGs não alteram, de forma decisiva, as escolhas dos Estados, pois, em última instância, estes sempre estarão mais interessados nos ganhos relativos do que nos ganhos absolutos que a cooperação pode gerar.
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Os autores liberais realmente dão maior importância para a pluralidade de atores que existem no Sistema Internacional, entre elas as OIGs. Além de contribuírem com a definição de regimes internacionais, elas podem facilitar a cooperação e a paz. Entretanto, o item afirma corretamente que o realistas não são tão enfáticos em relação à importância das OIG’s, sobretudo porque os Estados pensam mais nos ganhos de curto prazo, e tendem a enxergar a cooperação menos como uma mecanismo de superação da anarquia, e mais como uma faceta de ganhos mínimos na relação entre eles.
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(IADES/2022) Na década de 1970, a área de Relações Internacionais sofreu forte influência de processos epistemológicos que se passavam nas ciências sociais em geral, com o objetivo de proporcionar maior objetividade e cientificidade às pesquisas. Um exemplo desse fenômeno foi a revolução behaviorista, que teve como consequências a maior influência das ciências exatas, o aumento da utilização de métodos quantitativos e o surgimento do debate acerca dos “níveis de análise” como instrumento para analisar fenômenos internacionais.
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Esse item causou polêmica por conta do recorte temporal estabelecido. A área de Relações Internacionais incorpora um maior rigor científico a partir da Revolução Behaviorista, que influencia o Segundo Debate das RI’s a partir dos anos 1950. Uma das obras que mais exemplifica isso é Theory of International Politics, escrita por Kenneth Waltz em 1979.
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(IADES/2022) Para o neorrealismo, a soberania refere-se ao caráter das unidades, os Estados, que agem no sistema anárquico. O princípio da soberania garante a legitimidade das unidades e impele-as a agirem de maneira autárquica.
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ERRADO. A soberania não impele os Estados a agirem de maneira autárquica. É justamente pela existência da Soberania, que os Estados podem conviver e dialogar entre si em um ambiente anárquico. Agir de maneira autárquica é justamente o contrário disso.
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(IADES/2022) A criação da Organização das Nações Unidas limitou a consolidação da concepção de Estado soberano, mesmo que a Carta de 1945 afirme a igualdade soberana dos membros como um dos seus princípios e a membresia de novas nações seja baseada no respeito a esse.
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ERRADO. As relações causais trazidas pelo item não tem apoio na realidade. A Carta da ONU não limitou a consolidação da concepção de Estado soberano, pelo contrário, aprofundou-a e delimitou-a.
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O neofuncionalismo incorpora um importante elemento de vontade política e social ao processo de integração regional.
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CERTO. O funcionalismo clássico (Karl Deutsch e David Mitrany) postulava que a cooperação em áreas específicas levaria naturalmente à soberania compartilhada. Isto foi posto em questão quando a França se retraiu do processo de cooperação de carvão e aço nos anos 60 (bem como o Brexit, como exemplo recente).
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