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(TCE PR – 2016) Acerca dos instrumentos de fiscalização, assinale a opção correta.
A) Inspeção é o instrumento de fiscalização que examina a legalidade e a legitimidade dos atos de
gestão e avalia o desempenho das organizações auditadas.
B) Auditoria consiste no instrumento de fiscalização utilizado para suprir omissões e lacunas de
informações, esclarecer dúvidas ou apurar denúncias quanto à organização auditada.
C) O levantamento tem como função o acúmulo de informações acerca do funcionamento da
instituição e dos objetos a serem auditados.
D) O monitoramento é o instrumento de fiscalização empregado para examinar e avaliar, ao longo
de período predeterminado, o desempenho da organização auditada.
E) O acompanhamento corresponde ao instrumento de fiscalização utilizado pelo tribunal de
contas para a verificação do cumprimento de suas deliberações e dos resultados delas advindos.
:
Analisando cada assertiva:
A: trata da Auditoria
B: diz respeito à Inspeção
C: trata do levantamento (gabarito)
D: diz respeito ao acompanhamento
E: trata do monitoramento
1. (CESPE / TCE RO – 2019)
Com relação à auditoria governamental, assinale a opção correta.
A) Em auditoria operacional, o estudo de caso é o método mais empregado para situações
singelas; ele abrange o exame de toda espécie de registros administrativos produzidos pela
instituição auditada bem como relatórios de auditorias anteriores.
B) O monitoramento é um instrumento de fiscalização dos tribunais de contas para examinar,
ao longo de um período predeterminado, a legalidade e a legitimidade dos atos de gestão
quanto aos aspectos contábil, financeiro, orçamentário e patrimonial.
C) Para ser atingido o objetivo da fiscalização, o escopo da auditoria deve estar relacionado
com a profundidade e a amplitude do trabalho.
D) O programa de auditoria limita-se não só à evidenciação do objetivo e do escopo, mas
também ao universo e à amostra a serem examinados bem como aos procedimentos e técnicas
a serem utilizados.
E) A prioridade dos controles internos administrativos é a correção de eventuais desvios em
relação a parâmetros estabelecidos.
Questão aborda aspectos gerais de auditoria governamental, segundo os normativos do TCU.
Analisando cada alternativa:
Letra A) ERRADA. Alternativa difícil! Ela foi extraída do Manual de Auditoria Operacional (2010,
p.56). Apresenta um erro sutil – misturou os conceitos de “estudo de caso” e “pesquisa
documental”.
Entre os métodos mais empregados nas auditorias operacionais estão pesquisa documental,
estudo de caso e pesquisa (survey). A pesquisa experimental, quase-experimental e nãoexperimental,
utilizadas em avaliação de programas, também fazem parte das opções de
estratégia metodológica.
a) Pesquisa documental: abrange o exame de toda espécie de registros administrativos,
inclusive estatísticas oficiais. Além de material produzido pela instituição auditada, são
pesquisados relatórios de auditorias anteriores do TCU e da CGU, assim como estudos
realizados por outras instituições. Denomina-se pesquisa bibliográfica a que abrange a
bibliografia tornada pública em relação ao tema de estudo. Ao se realizar pesquisa documental
é necessário avaliar a confiabilidade das informações divulgadas, assim como determinar a
natureza, localização e disponibilidade dos documentos no início da auditoria. Esses cuidados
têm por objetivo garantir o melhor aproveitamento da informação ao menor custo possível e
verificar a viabilidade de se responder à questão.
b) Estudo de Caso: “Estudo de caso é um método usado para conhecer uma situação complexa,
baseado em compreensão abrangente da situação, obtida a partir de sua ampla descrição e
análise, considerada como um todo e no seu contexto.” [grifamos] (GAO, 1990, p.14). Em
auditoria operacional, os estudos de caso são frequentemente complementados por outras
estratégias metodológicas, como a pesquisa. Segundo Patton (PATTON, 1987, p.19): [...]
Letra B) ERRADA. O instrumento de fiscalização neste caso é o Acompanhamento.
Letra C) CORRETA. Está em conformidade com a NAT 133:
133. O objetivo deve ser expresso por meio de uma declaração precisa daquilo que a auditoria
se propôs a realizar. A questão fundamental que deveria ser esclarecida. O escopo deve
explicitar a profundidade e a amplitude do trabalho para alcançar o objetivo da auditoria. As
questões de auditoria, que compõem o seu escopo e que foram definidas como linhas de
abordagem com vistas à satisfação do objetivo, também devem constar do relatório.
Letra D) ERRADA. A assertiva diz que o programa de auditoria não se limita apenas a evidenciar
o objetivo e o escopo (o que está correto), incluindo ainda o universo e a amostra a serem
examinados e os procedimentos/técnicas a serem utilizados.
Ora, da forma proposta pela banca, o programa de auditoria incluiria apenas esses 3 elementos
(objetivo/escopo; universo/amostra; procedimentos/técnicas) – o que está errado, uma vez
que o programa incluir também a quantificação de recursos necessários à execução do
trabalho.:
97. O programa de auditoria, elaborado com base nos elementos obtidos na visão geral do
objeto, objetiva estabelecer, diante da definição precisa dos objetivos do trabalho, a forma de
alcançá-los e deve evidenciar:
I. o objetivo e o escopo da auditoria;
II. o universo e a amostra a serem examinados;
III. os procedimentos e as técnicas a serem utilizados, os critérios de auditoria, as informações
requeridas e suas fontes, as etapas a serem cumpridas com respectivos cronogramas;
IV. a quantificação dos recursos necessários à execução do trabalho.
Letra E) ERRADA. A prioridade dos controles internos administrativos é detecção de eventuais
desvios em relação a parâmetros estabelecidos (controle preventivo).
Gabarito: C.
2. (CESPE / TCE RO – 2019)
O atributo de auditoria em que a quantidade e a qualidade das evidências obtidas devam
convencer o gestor público de que os achados, as conclusões, as recomendações e as
determinações da auditoria estão bem fundamentados denomina-se
A) confiabilidade.
B) suficiência.
C) relevância.
D) exatidão.
E) validade.
Questão aborda um dos atributos da evidência – a suficiência. Fique atento às palavras-chaves
associadas à suficiência: quantidade e a qualidade para convencer o gestor de que os
elementos estão bem fundamentados.
Gabarito: “B”.
3. (CESPE / TCDF – 2014)
No que diz respeito à auditoria interna, auditoria no setor público e relatórios de auditoria,
julgue o seguinte item.
Situações de não conformidade, que podem ocorrer sob a forma de impropriedade — quando
não há transgressão a normas legais — ou irregularidade — caso em que além de haver
transgressão a normas legais, há perdas quantificáveis, configuradoras de dolo ou má-fé —,
devem ser evidenciadas em relatório de auditoria governamental.
Tomando por base as NAT, o erro do item é mencionar que na impropriedade não há
transgressão a normas legais. Tanto na impropriedade quanto na irregularidade há
transgressão às normas legais e regulamentares, mas em potenciais diferentes. De maneira
geral, impropriedade é uma falha de menor potencial que não causa prejuízo ao Erário e
irregularidade é uma falha de maior potencial que causa prejuízo ao Erário.
Cabe ressaltar que tanto a impropriedade quanto a irregularidade devem estar evidenciadas
no relatório de auditoria.
Gabarito: “ERRADO”.
4. (CESPE / TCM-BA – 2018)
O instrumento formal e técnico por intermédio do qual a equipe de auditoria comunica aos
leitores o objetivo e as questões de auditoria, o escopo e as limitações de escopo, a
metodologia utilizada, os achados de auditoria, as conclusões e as propostas de
encaminhamento é denominado
a) certificado de auditoria.
b) papel de trabalho.
c) matriz de planejamento.
d) relatório de auditoria.
e) nota de auditoria.
Questão aborda o conceito de relatório de auditoria, segundo as Normas de Auditoria do
Tribunal de Contas da União – NAT.
Portanto, alternativa correta é D.
Comentário das alternativas:
a) certificado de auditoria: “é o documento que representa a opinião do Sistema de Controle
Interno sobre a exatidão e regularidade, ou não, da gestão e a adequacidade, ou não, das peças
examinadas, devendo ser assinado pelo Coordenador-Geral ou Gerente Regional de Controle
Interno, ou ainda, autoridades de nível hierárquico equivalentes nos órgãos e unidades setoriais
do Sistema de Controle Interno do Poder Executivo Federal”. [IN nº 01/2001/CGU].
b) papel de trabalho: “constitui a documentação que evidencia todo o trabalho desenvolvido
pelo auditor, contendo registro de todas as informações utilizadas, das verificações a que
procedeu e das conclusões a que chegou, independentemente da forma, do meio físico ou das
características intrínsecas ou extrínsecas”. [NAT 110, TCU]
c) matriz de planejamento: “registra os objetivos da auditoria, bem como as questões que serão
investigadas e quais as possíveis conclusões. Assim, é base para a discussão da concepção do
trabalho e para o posterior acompanhamento da execução do projeto de auditoria. Esse
instrumento sistematiza e detalha os procedimentos previstos para a execução do trabalho,
portanto, auxilia na identificação de falhas e lapsos no planejamento das atividades”. [Manual
de Auditoria Operacional do TCU]
e) nota de auditoria: “é o documento destinado a dar ciência ao gestor/administrador da área
examinada, no decorrer dos exames, das impropriedades ou irregularidades constatadas ou
apuradas no desenvolvimento dos trabalhos”. [IN nº 01/2001/CGU].
Gabarito: “D”.
5. (CESPE / TCM-BA – 2018)
Os atributos que devem acompanhar as evidências, elementos essenciais e comprobatórios
dos achados de auditoria, são
a) razoabilidade, plausibilidade, materialidade e suficiência.
b) validade, confiabilidade, relevância e suficiência.
c) integralidade, abrangência, materialidade e legalidade.
d) razoabilidade, confiabilidade, integralidade e plausibilidade
e) validade, adequação, relevância e legalidade.
Segundo as Normas de Auditoria do Tribunal de Contas da União – NAT, São atributos das
evidências: Validade, Confiabilidade, Relevância e Suficiência.
Gabarito: “B”.
6. (CESPE / TCM-BA – 2018)
Examinar a economicidade, eficiência, eficácia e efetividade de organizações, programas e
atividades governamentais, com a finalidade de avaliar o seu desempenho e de promover o
aperfeiçoamento da gestão pública são objetivos da auditoria
a) de conformidade.
b) contábil.
c) financeira.
d) operacional.
e) patrimonial.
Atenção às expressões economicidade, eficiência, eficácia e efetividade (todas devem ser
associadas à auditoria operacional).
Gabarito: “D”.
7. (CESPE / TCM-BA – 2018)
A matriz de achados de auditoria deve
a) restringir-se às constatações e informações obtidas durante a execução da auditoria.
b) ser elaborada depois da confecção do relatório final de auditoria.
c) conter uma única causa para cada achado de auditoria.
d) conter todas as propostas de deliberação.
e) ser validada mediante de um painel de referência.
Veja o que diz o MAnop sobre a matriz de achados, especialmente sobre seu processo de
validação:
Validação da matriz de achados:
146 Após a elaboração da matriz de achados, sua validação é feita por meio da realização do
segundo painel de referência. O objetivo principal deste painel é verificar a coerência da matriz
apresentada. Nessa ocasião, os participantes são convidados a discutir com a equipe as
principais conclusões da auditoria, a suficiência das evidências coletadas, a adequação das
análises realizadas e a pertinência das propostas de encaminhamento. Após o painel, a matriz
de achados deverá ser validada pelos gestores, a exemplo do procedimento adotado na
validação da matriz de planejamento. [grifo nosso]
Portanto, alternativa correta é E.
Ressalte-se que o painel de referência tem por objetivo principal verificar a coerência da matriz
apresentada, em que os participantes são convidados a discutir com a equipe as principais
conclusões da auditoria, a suficiência das evidências coletadas, a adequação das análises
realizadas e a pertinência das propostas de encaminhamento.
Analisando as alternativas:
Letra A) ERRADA. Na matriz de achados são registradas as constatações e informações obtidas
durante a execução da auditoria, bem como as propostas de conclusões, recomendações e
determinações. Dessa forma, não se limita às constatações e informações obtidas durante a
execução da auditoria, podendo conter outras informações.
Letra B) ERRADA. A elaboração dessa matriz é preliminar à confecção do relatório final de
auditoria.
Letra C) ERRADA. Pode conter uma ou mais causas para cada achado de auditoria.
Letra D) ERRADA. A matriz de achados deve registrar as constatações e informações obtidas
durante a execução da auditoria, bem como as propostas de conclusões, recomendações e
determinações. As chamadas propostas de deliberação devem estar contidas no relatório de
auditoria.
Gabarito: “E”.
8. (CESPE / CGM João Pessoa – 2018)
A respeito dos objetivos e dos procedimentos do auditor na realização do seu trabalho, julgue
o item a seguir.
A matriz de achados é instrumento útil para a execução de auditoria, porém não se trata de
um item importante para subsidiar e nortear a elaboração do relatório de auditoria, porque
não permite reunir, de forma estruturada, os principais elementos que constituirão os
capítulos centrais do relatório.
Durante a fase de execução, a equipe de auditoria deve aplicar os procedimentos previstos na
matriz de planejamento em busca de achados, desenvolvendo-os na matriz de achados. O
Manual de Auditoria Operacional do TCU (2010, p.40) assim define Matriz de Achados:
Matriz de achados
138 As constatações e informações obtidas durante a execução da auditoria, bem como as
propostas de conclusões, recomendações e determinações, são registradas na matriz de
achados.
139 A matriz de achados é instrumento útil para subsidiar e nortear a elaboração do relatório
de auditoria, porque permite reunir, de forma estruturada, os principais elementos que
constituirão os capítulos centrais do relatório. A matriz propicia compreensão homogênea dos
achados e seus elementos constitutivos pelos integrantes da equipe de auditoria e demais
interessados.
Gabarito: “ERRADO”.
9. (CESPE / TCE-PR – 2016)
Com relação à auditoria operacional, assinale a opção correta.
a) Um exemplo de ferramenta de controle de qualidade na execução de uma auditoria
operacional é a matriz de achados, que, entre outros usos possíveis, auxilia no exame de
evidências, causas e efeitos e demais elementos do relatório de auditoria.
b) Comparadas às auditorias de regularidade, as auditorias operacionais são menos flexíveis na
escolha de temas, objetos de auditoria e metodologias de trabalho.
c) O monitoramento de uma auditoria operacional consiste no exame da situação existente,
identificada e documentada dos trabalhos.
d) Em auditoria operacional, o requisito eficácia refere-se ao alcance dos resultados
pretendidos por prazo indeterminado.
e) São as seguintes as etapas de planejamento de uma auditoria operacional: especificação dos
critérios, sistematização dos instrumentos de coleta de dados, teste final e elaboração do
projeto.
Analisando cada alternativa.
Letra A) CORRETA. Segundo o Manual de Auditoria Operacional do TCU (2010, p.60)
236 A matriz de achados contribui para o controle de qualidade, na medida em que auxilia na
sistematização e análise dos resultados da auditoria. A matriz de achados é importante para
a correta elaboração do relatório de auditoria, pois dispõe, de forma estruturada, os
achados, suas evidências, causas e efeitos, elementos que compõem os capítulos principais
do relatório. É possível verificar, por exemplo, se os achados são suportados por evidências
confiáveis e suficientes; se as medidas propostas são adequadas e se incidem sobre as causas
dos problemas que se pretende corrigir; e se as questões de auditoria foram respondidas.
Além disso, a matriz de achados é uma das ferramentas de controle de qualidade dos trabalhos
de auditoria operacional.
Letra B) ERRADA. As auditorias operacionais, quando comparadas com as auditorias de
regularidade, são mais flexíveis.
Letra C) ERRADA. Assertiva trata da situação existente (ou condição), e não do monitoramento.
118 Condição é a situação existente, identificada e documentada durante a auditoria. Causa
é a razão da diferença entre a condição e o critério. A causa servirá de base para as deliberações
propostas. Efeito é a consequência da diferença constatada pela auditoria entre condição e
critério. O efeito indica a gravidade da situação encontrada e determina a intensidade da ação
corretiva. (GAO, 2007). [grifo nosso]
Letra D) ERRADA. A dimensão que diz respeito ao alcance dos resultados pretendidos a
médio/longo prazos é a efetividade. A eficácia está relacionada ao grau de alcance das metas
programadas em um determinado período de tempo.
Letra E) ERRADA. Há mais etapas além das mencionadas na assertiva. Além disso, a assertiva
parece ter trocado teste “piloto” com teste “final”.
Gabarito: “A”.
10. (CESPE / TCE-PA – 2016)
Acerca dos achados de auditoria, julgue o próximo item.
Um achado de auditoria decorre da comparação entre uma situação encontrada e um padrão
que se considera ideal ou desejável. A causa é a explicação possível para o desvio entre o
critério referencial e a realidade constatada pelo auditor.
A assertiva apresenta o conceito de achado (veja que a banca quer se referir ao “critério” ao
mencionar “padrão que se considera ideal ou desejável”). Entre os atributos a serem
considerados no desenvolvimento dos achados, a causa é – de fato – a razão ou explicação
para a divergência entre a situação (ou condição, ou ainda realidade encontrada) e o critério.
Gabarito: “CERTO”.
11. (CESPE / EMAP – 2018)
Determinado auditor defrontou-se com evidências circunstanciais acerca de uma não
conformidade na área auditada. Ele, então, elaborou matriz de seus achados de auditoria.
Com relação a essa situação hipotética e aos múltiplos aspectos a ela relacionados, julgue o
item a seguir.
A matriz de achados de auditoria impossibilita a elaboração de relatórios mais concisos e
objetivos, pois estimula a inserção de detalhes ou de informações estranhas aos componentes
dos achados.
Durante a fase de execução, a equipe de auditoria deve aplicar os procedimentos previstos na
matriz de planejamento em busca de achados, desenvolvendo-os na matriz de achados.
A matriz de achados é instrumento útil para subsidiar e nortear a elaboração do relatório de
auditoria, porque permite reunir, de forma estruturada, os principais elementos que
constituirão os capítulos centrais do relatório. A matriz propicia compreensão homogênea dos
achados e seus elementos constitutivos pelos integrantes da equipe de auditoria e demais
interessados.
Ressalte-se que o preenchimento dessa matriz deve ser iniciado durante os trabalhos de
campo, à medida que os achados são constatados. Dessa forma, ao contrário do que menciona
o item da questão, a matriz de achados é uma ferramentas de controle de qualidade que ajuda
na elaboração dos relatórios, desestimulando a inserção de informações desnecessárias ou
sem conexão com o achado.
Gabarito: “ERRADO”.
12. (CESPE / Auditor (FUB) – 2013)
Acerca dos tipos de auditoria, julgue o item a seguir.
Entre os métodos empregados nas auditorias operacionais, a pesquisa experimental, utilizada
em avaliação de programas, faz parte das opções de estratégia metodológica. Nesse tipo de
pesquisa, procura-se verificar se o programa adotado é a causa do efeito obtido, comparandose
os resultados de dois grupos, um exposto e outro não exposto ao programa.
Entre os métodos mais empregados nas auditorias operacionais estão pesquisa documental,
estudo de caso e pesquisa (survey). A pesquisa experimental, quase experimental e nãoexperimental,
utilizadas em avaliação de programas, também fazem parte das opções de
estratégia metodológica.
Na pesquisa experimental, para verificar se um programa é a causa de determinado efeito,
selecionam-se dois grupos de unidades de pesquisa (pessoas, escolas, hospitais, etc.): 1) o
grupo experimental ou de tratamento, que será exposto ao programa; 2) o grupo de controle,
que não será exposto. As diferenças observadas nos resultados obtidos por esses grupos, com
algumas qualificações, poderão ser atribuídas à presença do programa.
Gabarito: “CERTO”.
13. (FGV / MPE AL – 2018)
O trabalho de auditoria deve ser documentado de modo a assegurar sua revisão e a
manutenção das evidências obtidas, registrando-se todas as informações relevantes para dar
suporte às conclusões e aos resultados da auditoria. Em geral, o auditor deve manter, respeitar
e assegurar o sigilo das informações obtidas em razão do seu trabalho.
Assinale a opção que indica quando o auditor deve divulgar, para terceiros, essas informações.
a) Quando solicitado por um grande cliente.
b) Quando pressionado pela mídia.
c) Quando houver obrigação legal ou judicial.
d) Quando acreditar ser relevante.
e) Quando houver terminado o trabalho.
Os auditores envidarão todos os esforços para que o seu talento e profissionalismo contribuam
de modo efetivo para a consecução de seus objetivos, observando, individualmente e em
equipe, os princípios e regras estabelecidos nas normas de Auditoria, entre aos quais se
destacam o sigilo profissional.
Segundo as Normas de Auditoria do TCU-NAT (2011, p.31):
SIGILO PROFISSIONAL
59. O auditor deve guardar sigilo sobre dados e informações obtidos em decorrência do
exercício de suas funções, utilizando-os, exclusivamente, para a elaboração de pareceres e
relatórios.
60. Auditores não devem revelar a terceiros dados e informações obtidos no processo de
auditoria, seja oralmente ou por escrito, exceto para cumprir as responsabilidades legais ou
de outra natureza que correspondam a atribuições legais do Tribunal.
Dessa forma, temos que o auditor deve manter, respeitar e assegurar o sigilo das informações
obtidas em razão do seu trabalho (Regra). Exceção: quando houver obrigação legal ou judicial.
Gabarito: “C”.
14. (FGV / MPE AL – 2018)
O planejamento é a primeira etapa da Auditoria e envolve aspectos estratégicos e operacionais,
sendo o momento em que são estabelecidas a natureza, a oportunidade e a extensão dos
exames, bem como determinados os prazos e outros recursos necessários para que os
trabalhos sejam eficientes, eficazes e efetivos.
Sobre as etapas do planejamento de uma Auditoria, assinale a afirmativa correta.
a) O objetivo refere-se ao objeto e aos critérios que os auditores utilizarão para avaliá-lo.
b) O escopo refere-se àquilo que se busca alcançar, deixando claro o que se pretende esclarecer
com a fiscalização.
c) A abordagem descreve a natureza dos procedimentos a serem aplicados, para reunir
evidências de auditoria.
d) A estratégia busca eliminar os riscos de auditoria.
e) Devem ser definidas de modo a permanecerem intactas até o final do processo.
A questão aborda aspectos gerais da fase do planejamento.
Analisando cada alternativa:
Letra A) ERRADA. Isso está relacionado ao escopo. O escopo permite a determinação precisa
do objeto auditado, ou seja, a identificação completa sobre o que se deseja obter com a
auditoria – objetivos e alcance da auditoria. De maneira geral, o escopo está associado aos
limites do objeto de auditoria.
Letra B) ERRADA. Em linhas gerais, isso está relacionado ao objetivo da auditoria. Dessa forma,
a banca inverteu as letras “a” e “b”.
Letra C) CORRETA. Nos termos da ISSAI 300, a abordagem geral de auditoria é um elemento
central de qualquer auditoria. Ela determina a natureza do exame que deve ser feito. Também
define o conhecimento, a informação, os dados e os procedimentos de auditoria necessários
para obtê-los e analisá-los.
Letra D) ERRADA. Não se pode falar em eliminação de riscos em auditorias.
Letra E) ERRADA. O planejamento da auditoria não é imutável.
Gabarito: “C”.
15. (IBAM / Controlador Interno Pref. Piracaia – 2019)
A Auditoria é processo sistemático, documentado e independente de se avaliar objetivamente
uma situação ou condição para determinar a extensão na qual critérios são atendidos, obter
evidências quanto a esse atendimento e relatar os resultados desta avaliação a um destinatário
predeterminado.
Com relação aos conceitos de auditoria, assinale a alternativa incorreta.
a) Para assegurar a objetividade e a imparcialidade nos julgamentos, a auditoria deve ser
realizada por pessoas com independência em relação às organizações, programas, processos,
atividades, sistemas e objetos examinados.
b) O processo de auditoria deve ser documentado e padronizado por meio de procedimentos
específicos, de modo a assegurar a sua revisão e a manutenção das evidências obtidas. A
entidade deve formalizar um método para executar suas auditorias, estabelecendo os padrões
que elas deverão observar, incluindo regras claras quanto à documentação.
c) Achados são os elementos de comprovação da discrepância (ou não) entre a situação
encontrada (ou condição) e o critério de auditoria (situação ideal).
d) O resultado de uma auditoria é reportado ao cliente por meio de parecer ou relatório,
dependendo do caso, por intermédio dos quais o auditor comunica o objetivo, o escopo, a
extensão e as limitações do trabalho, as constatações ou achados, as avaliações, opiniões e
conclusões, e as recomendações ou determinações propostas.
Questão aborda aspectos gerais do conceito geral de auditoria, segundo as Normas de
Auditoria do TCU – NAT (2010, p.14/15):
Auditoria é o processo sistemático, documentado e independente de se avaliar objetivamente
uma situação ou condição para determinar a extensão na qual critérios são atendidos, obter
evidências quanto a esse atendimento e relatar os resultados dessa avaliação a um destinatário
predeterminado.
Processo sistemático: a auditoria é um processo de trabalho planejado e metódico, pautado em
avaliações e finalizado com a comunicação de seus resultados.
Processo documentado: o processo de auditoria deve ser fundado em documentos e
padronizado por meio de procedimentos específicos, de modo a assegurar a sua revisão e a
manutenção das evidências obtidas. Isso implica que a entidade de auditoria deve formalizar
um método para executar suas auditorias, estabelecendo os padrões que elas deverão
observar, incluindo regras claras quanto à documentação. [Alternativa “b”]
Processo independente: a auditoria deve ser realizada por pessoas com independência em
relação às organizações, aos programas, aos processos, às atividades, aos sistemas e aos
objetos examinados para assegurar a objetividade e a imparcialidade dos julgamentos.
[Alternativa “a”]
Avaliação objetiva: os fatos devem ser avaliados com a mente livre de vieses. A avaliação
objetiva leva a julgamentos imparciais, estritamente adequados às circunstâncias, precisos, e
refletem na confiança no trabalho do auditor.
Situação ou condição: o estado ou a situação existente do objeto da auditoria, encontrado pelo
auditor durante a execução do trabalho de auditoria.
Critério: referencial a partir do qual o auditor faz seus julgamentos em relação à situação ou
condição existente. Reflete com deveria ser a gestão. A eventual discrepância entre a situação
existente e o critério originará o achado de auditoria.
Evidências: elementos de comprovação da discrepância (ou não) entre a situação ou condição
encontrada e o critério de auditoria.
Relato de resultados: os resultados de uma avaliação de auditoria são relatados a um
destinatário predeterminado, que normalmente não seja a parte responsável, por meio de
um relatório, instrumento formal e técnico no qual o auditor comunica o objetivo, o escopo,
a extensão e as limitações do trabalho, os achados de auditoria, as avaliações, opiniões e
conclusões, conforme o caso, e encaminha suas propostas. [Alternativa “d”] [grifos não
constantes no original]
Verificando as alternativas, concluímos que somente a “C” está incorreta. Trata-se de uma
pegadinha clássica. A assertiva trouxe o conceito de evidência (e não de achado). Achado de
auditoria é, propriamente, a discrepância entre a situação/condição e o critério. A evidência,
por sua vez, é elemento de comprovação do achado, significando os elementos essenciais e
comprobatórios do achado.
Gabarito: “C”.
16. (FACAPE / Analista de Controle Interno (Petrolina) – 2015)
De acordo com o entendimento dado pelo Manual de Auditoria Operacional do TCU:
1. ____________ é definida como a relação entre os produtos (bens e serviços) gerados por
uma atividade e os custos dos insumos empregados para produzi-los, em um determinado
período de tempo, mantidos os padrões de qualidade.
2.____________ é definida como o grau de alcance das metas programadas (bens e serviços)
em um determinado período de tempo, independentemente dos custos implicados.
3.____________ diz respeito ao alcance dos resultados pretendidos, a médio e longo prazo.
Refere-se à relação entre os resultados de uma intervenção ou programa, em termos de efeitos
sobre a população alvo (impactos observados), e os objetivos pretendidos (impactos
esperados), traduzidos pelos objetivos finalísticos da intervenção.
A alternativa que corresponde ao CORRETO preenchimento dos espaços em branco em cada
um dos itens é:
a) 1. Eficiência; 2. Eficácia; 3. Efetividade.
b) 1. Eficiência; 2. Eficácia; 3. Objetividade.
c) 1. Concorrência; 2. Tempestividade; 3. Competitividade.
d) 1. Eficácia; 2. Efetividade; 3. Objetividade.
e) 1. Eficiência; 2. Tempestividade; 3. Efetividade.
Questão aborda as dimensões de desempenho de análise, segundo o Manual de Auditoria
Operacional do TCU.
Eficiência
5 A eficiência é definida como a relação entre os produtos (bens e serviços) gerados por uma
atividade e os custos dos insumos empregados para produzi-los, em um determinado
período de tempo, mantidos os padrões de qualidade. Essa dimensão refere-se ao esforço do
processo de transformação de insumos em produtos. Pode ser examinada sob duas
perspectivas: minimização do custo total ou dos meios necessários para obter a mesma
quantidade e qualidade de produto; ou otimização da combinação de insumos para maximizar
o produto quando o gasto total está previamente fixado (COHEN; FRANCO, 1993). [...]Nesse
caso, a análise do tempo necessário para execução das tarefas é uma variável a ser
considerada. A eficiência pode ser medida calculando-se e comparando-se o custo unitário da
produção de um bem ou serviço. Portanto, podemos considerar que o conceito de eficiência
está relacionado ao de economicidade.
Eficácia
6 A eficácia é definida como o grau de alcance das metas programadas (bens e serviços) em
um determinado período de tempo, independentemente dos custos implicados (COHEN;
FRANCO, 1993). O conceito de eficácia diz respeito à capacidade da gestão de cumprir objetivos
imediatos, traduzidos em metas de produção ou de atendimento, ou seja, a capacidade de
prover bens ou serviços de acordo com o estabelecido no planejamento das ações.
Efetividade
8 A efetividade diz respeito ao alcance dos resultados pretendidos, a médio e longo prazo.
Refere-se à relação entre os resultados de uma intervenção ou programa, em termos de
efeitos sobre a população-alvo (impactos observados), e os objetivos pretendidos (impactos
esperados), traduzidos pelos objetivos finalísticos da intervenção. Trata-se de verificar a
ocorrência de mudanças na população-alvo que se poderia razoavelmente atribuir às ações do
programa avaliado (COHEN; FRANCO, 1993). [grifo nosso]
Ao realizar o cotejo entre as alternativas e a norma, concluímos que os conceitos referem-se,
respectivamente, à Eficiência, Eficácia e Efetividade.
Gabarito: “A”.
17. (ESAF / ANAC – 2016)
Analise as seguintes proposições no que se refere aos elementos da Matriz de Planejamento
de Auditoria.
I. No campo "Objetivo" deve-se enunciar de forma clara e resumida o objetivo da auditoria.
II. No campo "Questões de Auditoria", apresentam-se, em formas de perguntas, os diferentes
aspectos que compõem o escopo da auditoria, visando satisfazer o objetivo.
III. No campo "Limitações" devem ser especificados os prazos definidos e os recursos humanos
e materiais que limitarão o escopo da auditoria.
Estão corretas as seguintes proposições:
a) I, III, apenas.
b) Todas estão corretas.
c) II, III, apenas.
d) Todas estão incorretas.
e) I, II, apenas.
Questão aborda aspectos gerais da Matriz de Planejamento, segundo o Manual de Auditoria
Operacional do TCU. Uma vez definidos o problema e as questões de auditoria, a equipe deverá
elaborar a matriz de planejamento. Trata-se de quadro resumo das informações relevantes do
planejamento de uma auditoria.
Analisando cada item:
I. Item correto. A partir do conhecimento construído durante a análise preliminar do objeto de
auditoria, a equipe deverá definir o objetivo da auditoria por meio da especificação do
problema e das questões de auditoria que serão investigadas. O objetivo deve esclarecer
também as razões que levaram a equipe a sugerir um determinado tema e enfoque, caso
estes não tenham sido previamente definidos na deliberação que determinou a realização
da auditoria.
II. Item correto. A questão de auditoria é o elemento central na determinação do
direcionamento dos trabalhos de auditoria, das metodologias e técnicas a adotar e dos
resultados que se pretende atingir. Ao formular as questões e, quando necessário, as
subquestões de auditoria, a equipe está, ao mesmo tempo, estabelecendo com clareza o foco
de sua investigação, as dimensões e os limites que deverão ser observados durante a
execução dos trabalhos.
III. Item errado. Nesse elemento da Matriz de Planejamento, a equipe de auditoria deve
especificar as limitações inerentes à estratégia metodológica adotada, às características das
informações que se pretende coletar e às condições operacionais de realização dos trabalhos.
Qualquer problema relativo à utilização de dados existentes e às suas possíveis limitações deve
constar da matriz de planejamento. A equipe deve indicar a alternativa a ser adotada para
minimizar os riscos correspondentes aos resultados esperados decorrentes das limitações
identificadas.
Gabarito: “E”.
18. (AOCP / TRE AC – 2015)
O controle de qualidade é realizado com o auxílio de determinadas técnicas e procedimentos
rotineiros que facilitam a sua aplicação. Assinale a alternativa correta sobre as ferramentas de
controle de qualidade.
a) Checklist: permite que a equipe planeje e organize suas atividades e facilita a alocação de
seus membros de acordo com os procedimentos previstos e com o tempo disponível.
b)
dos gestores; lista de verificação da realização de atividades e do cumprimento
de padrões de qualidade aplicáveis a atividades, papéis de trabalho e produtos da auditoria. A
aplicação pode ser feita tanto concomitante quanto após a auditoria.
c) Matriz de achados: tem por objetivo avaliar a lógica da auditoria e o rigor da metodologia
utilizada. Possibilita, ainda, que a equipe seja alertada sobre falhas na concepção e no
desenvolvimento dos procedimentos.
d) Painéis de referência: permite o controle de qualidade nas auditorias operacionais por meio
da revisão das matrizes de planejamento e de achados.
e) Cronograma: controle de qualidade nas auditorias operacionais por meio da revisão das
matrizes de planejamento e de achados.
Comentários
Questão aborda as ferramentas de controle de qualidade da auditoria, segundo o Manual de
Auditoria Operacional do TCU. O controle de qualidade nas auditorias operacionais é realizado
com o auxílio de determinadas técnicas e procedimentos rotineiros que facilitam a sua
aplicação. As principais ferramentas de controle de qualidade são:
a) checklists de qualidade: é uma lista de verificação da realização de atividades e do
cumprimento de padrões de qualidade aplicáveis a atividades, papéis de trabalho e produtos
da auditoria.
b) cronograma: permite que a equipe planeje e organize suas atividades e facilita a alocação
de seus membros de acordo com os procedimentos previstos e com o tempo disponível. Deve
conter a relação das tarefas a serem executadas, os respectivos responsáveis e o prazo para a
sua execução. Após ser acordado entre os membros da equipe, o cronograma deve ser
submetido ao supervisor, que deverá utilizá-lo para acompanhar o desenvolvimento dos
trabalhos.
c) matriz de planejamento: registra os objetivos da auditoria, bem como as questões que serão
investigadas e quais as possíveis conclusões. Assim, é base para a discussão da concepção do
trabalho e para o posterior acompanhamento da execução do projeto de auditoria. Esse
instrumento sistematiza e detalha os procedimentos previstos para a execução do trabalho,
portanto, auxilia na identificação de falhas e lapsos no planejamento das atividades.
d) matriz de achados: contribui para o controle de qualidade, na medida em que auxilia na
sistematização e análise dos resultados da auditoria. A matriz de achados é importante para a
correta elaboração do relatório de auditoria, pois dispõe, de forma estruturada, os achados,
suas evidências, causas e efeitos, elementos que compõem os capítulos principais do relatório.
É possível verificar, por exemplo, se os achados são suportados por evidências confiáveis e
suficientes; se as medidas propostas são adequadas e se incidem sobre as causas dos
problemas que se pretende corrigir; e se as questões de auditoria foram respondidas.
e) painéis de referência: é prática importante que possibilita o controle de qualidade nas
auditorias operacionais por meio da revisão das matrizes de planejamento e de achados.
Tanto a matriz de planejamento, quanto a matriz de achados devem ser validadas em painéis
de referência. Normalmente, os painéis de referência contam com a participação de outros
servidores do Tribunal com conhecimento sobre o tema da auditoria, de membros do gabinete
do Ministro-Relator, de representantes do Controle Interno e de especialistas externos. O
painel de referência tem por objetivo avaliar a lógica da auditoria e o rigor da metodologia
utilizada. Possibilita, ainda, que a equipe seja alertada sobre falhas na concepção e no
desenvolvimento dos procedimentos.
f) comentários dos gestores: o encaminhamento da versão preliminar do relatório de auditoria
para a apreciação e manifestação dos gestores, possibilita o esclarecimento de pontos
obscuros, a correção de informações imprecisas ou inconsistentes, assim como o
aperfeiçoamento das medidas propostas.
Gabarito: “D”.
1. (CESPE / PGE-PE – 2019)
De acordo com as normas nacionais e internacionais de auditoria no setor público, julgue o
item a seguir.
O acompanhamento é o instrumento adequado para o esclarecimento dos fatos relatados em
denúncia recebida por órgão de fiscalização a respeito da legalidade de determinado ato
administrativo.
Instrumento de fiscalização utilizado para esclarecer dúvidas ou apurar denúncias ou
representações quanto à legalidade, à legitimidade e à economicidade de fatos da
administração e de atos administrativos praticados por qualquer responsável sujeito à sua
jurisdição é a Inspeção (e não o Acompanhamento)
Gabarito: “ERRADO”.
1. (CESPE / MPC TCE-PA – 2019)
Conforme as disposições do Regimento Interno do TCE/PA, o instrumento de fiscalização
denominado inspeção tem o objetivo de
a) verificar a implementação de recomendações e avaliar os impactos da implementação, ou
não, das deliberações no objeto fiscalizado.
b) supervisionar, de forma contínua, operação, projeto, programa, processo ou desempenho
de pessoas, órgãos e departamentos, mediante processo sistemático de coleta, preparação,
análise e disseminação de informações acerca do modo de execução das ações.
c) avaliar o desempenho dos jurisdicionados e de sistemas, programas, projetos e atividades
governamentais, quanto a aspectos de economicidade, eficiência e eficácia dos atos
praticados.
d) suprir omissões, esclarecer dúvidas, apurar a legalidade, a legitimidade e a economicidade
de atos e fatos específicos praticados por qualquer responsável sujeito à jurisdição do TCE/PA,
e, ainda, apurar denúncias ou representações.
e) identificar objetos e instrumentos de fiscalização, bem como ações, fatos ou atos a serem
fiscalizados, e avaliar a viabilidade de se realizar determinada fiscalização.
Inspeção é o instrumento de fiscalização utilizado pelo Tribunal para suprir omissões e
lacunas de informações, esclarecer dúvidas ou apurar denúncias ou representações quanto à
legalidade, à legitimidade e à economicidade de fatos da administração e de atos
administrativos praticados por qualquer responsável sujeito à sua jurisdição.
A: monitoramento.
B: acompanhamento.
C: auditoria.
E: levantamento.
Gabarito: “D”.
1) O que é Certificado de Auditoria?
Resposta: Certificado de Auditoria será emitido na verificação das contas dos responsáveis pela aplicação, utilização ou guarda de bens e valores públicos, e de todo aquele que der causa à perda, subtração ou estrago de valores, bens e materiais de propriedade ou responsabilidade da União.
2) Quais os tipos de Certificados previstos na IN nº01/2001/CGU?
Resposta:
I. Certificado de Regularidade será emitido quando o Órgão ou Unidade de Controle Interno formar a opinião de que na gestão dos recursos públicos foram adequadamente observados os princípios da legalidade, legitimidade e economicidade.

II. Certificado de Regularidade com Ressalvas será emitido quando o Órgão ou Unidade de Controle Interno constatar falhas, omissões ou impropriedades de natureza formal no cumprimento das normas e diretrizes governamentais, quanto à legalidade, legitimidade e economicidade e que, pela sua irrelevância ou imaterialidade, não caracterizem irregularidade de atuação dos agentes responsáveis.

III. Certificado de Irregularidade será emitido quando o Órgão ou Unidade de Controle Interno verificar a não observância da aplicação dos princípios de legalidade, legitimidade e economicidade, constatando a existência de desfalque, alcance, desvio de bens ou outra irregularidade de que resulte prejuízo quantificável para a Fazenda Nacional e/ou comprometam, substancialmente, as demonstrações financeiras e a respectiva gestão dos agentes responsáveis, no período ou exercício examinado.
3) Classifique os relatórios de auditoria, segundo a NAG 4000: a) Quanto à forma
a.1) Relatório curto ou parecer: relato estruturado de forma padronizada, normalmente com os seguintes principais parágrafos: introdutório, responsabilidade do profissional de auditoria governamental e da administração; descrição da auditoria incluindo o escopo, procedimentos e técnicas aplicadas e condições de trabalho; e opinião do profissional de auditoria governamental e outras responsabilidades relativas à emissão de relatório.

a.2) Relatório longo ou detalhado: relato de trabalhos que necessitam que o profissional de auditoria governamental pormenorize suas observações, incluindo nelas, além dos elementos contidos no relatório curto, análises e avaliações complementares. Deve conter, no mínimo: responsabilidade do profissional de auditoria governamental; escopo da auditoria, procedimentos, técnicas aplicadas e condições de trabalho; descrição das condições encontradas ou achados de auditoria; critérios; causas; efeitos; exemplos práticos; opiniões e comentários; conclusões; e recomendações.

a.3) Sumário Executivo: relato com o resumo dos principais tópicos, pontos mais relevantes, materiais ou críticos do relatório detalhado, devendo conter informações sobre o objetivo, o alcance e o resultado da auditoria governamental, com as principais recomendações. Tem a finalidade de informar sucintamente o leitor e motivar a continuidade da leitura das seções do relatório detalhado. A redação deve ser do tipo manchete, porém sem perder de vista a objetividade e a clareza. A ampla divulgação desses sumários contribui para a prática do princípio da transparência da Administração Pública.
3) Classifique os relatórios de auditoria, segundo a NAG 4000: b) Quanto ao escopo
b.1) Relatório de exame da formalidade processual: relatório ou parecer preparado pelo profissional de auditoria governamental, com base no exame das peças que integram o processo sob exame. Não envolve análise de mérito.

b.2) Relatório de avaliação do sistema de controles internos (SCI): relato preparado pelo profissional de auditoria governamental, com base nas suas análises para avaliação do sistema de controles internos (SCI), no qual são descritos os problemas de controle e apresentadas recomendações para saná-los e para a melhoria do SCI.

b.3) Relatório de auditoria contábil: resultado de uma auditoria governamental de natureza contábil, que contém as constatações, análises, opiniões, conclusões e recomendações do profissional de auditoria governamental acerca do exame dos registros financeiros e das demonstrações contábeis.

b.4) Relatório de auditoria de cumprimento das disposições legais e regulamentares: resultado de uma auditoria governamental que contém as constatações, análises, opiniões, conclusões e recomendações do profissional de auditoria governamental acerca do exame do cumprimento dos dispositivos legais e regulamentares.

b.5) Relatório de auditoria operacional: resultado de uma auditoria operacional, no qual o profissional de auditoria governamental apresenta a sua avaliação acerca da economicidade, eficiência, eficácia, efetividade, equidade e questões ambientais dos entes auditados.
3) Classifique os relatórios de auditoria, segundo a NAG 4000: c) Quanto à abrangência:
c.1) Relatório progressivo ou parcial: relato normalmente utilizado quando as soluções para as ocorrências identificadas não podem esperar e precisam ser sanadas de imediato, sob pena de perder a eficácia e a efetividade da auditoria governamental.

c.2) Relatório de revisão limitada: relato que descreve analiticamente os trabalhos elaborados pelo profissional de auditoria governamental, sem aplicação de todas as suas normas e procedimentos. Nesse tipo de relatório, o profissional de auditoria governamental não expressa uma opinião sobre os trabalhos efetuados, apenas os descreve, e declara se foi observado ou não algum desvio significativo na aplicação de normas e princípios fundamentais, quando da elaboração das peças e transações examinadas.

c.3) Relatório de auditoria especial: relato de trabalhos executados pelos profissionais de auditoria governamental relativos a denúncias, apuração de fraudes e desvios, reavaliações de ativos, levantamentos e avaliações patrimoniais para efeito de desestatização, fusão, incorporação, cisão ou extinção de empresas estatais, entre outros.
3) Classifique os relatórios de auditoria, segundo a NAG 4000: d) Quanto à natureza da opinião do profissional de auditoria governamental
d.1) Relatório sem ressalvas, limpo ou pleno: relato indicando que o profissional de auditoria governamental está convencido de que os eventos, as transações e demais atos de gestão pública examinados foram realizados consoante legislação e normas específicas, que os registros e demonstrações contábeis representam adequadamente a posição orçamentária, contábil, financeira e patrimonial do ente auditado, em todos os aspectos relevantes, e que o desempenho da gestão e os resultados produzidos pelas ações governamentais estão compatíveis com as metas e indicadores planejados. Implica ainda que, tendo havido alterações nas práticas contábeis, administrativas ou operacionais, em relação a exercícios anteriores, ou alterações em relação a outros procedimentos, estas tiveram seus efeitos adequadamente revelados e avaliados nas evidências apresentadas.

d.2) Relatório com ressalvas: relato emitido quando o profissional de auditoria governamental conclui que o efeito de qualquer discordância ou dúvida quanto a um ou mais elementos específicos que sejam relevantes, assim como a restrição na extensão ou limitação ao escopo de um trabalho, não é de tal magnitude que requeira parecer adverso ou abstenção de opinião. O conjunto das informações sobre o assunto objeto da ressalva deve permitir aos usuários claro entendimento de sua natureza e de seus efeitos em relação aos eventos, às transações e demais atos examinados, aos registros e demonstrações contábeis, à posição orçamentária, contábil, financeira e patrimonial do ente auditado, e ao desempenho da gestão e resultados produzidos pelas ações governamentais.

d.3) Relatório adverso: relato emitido quando o profissional de auditoria governamental conclui que os eventos, as transações e demais atos de gestão pública examinados não estão em conformidade com a legislação e as normas específicas no que for pertinente,
que registros ou demonstrações contábeis não representam adequadamente a posição orçamentária, contábil, financeira e patrimonial do ente auditado, ou que o desempenho da gestão ou os resultados produzidos pelas ações governamentais não estão compatíveis com as metas e indicadores planejados, ou, ainda, quando julgar que as informações colhidas estão incorretas ou incompletas, em tal magnitude que impossibilitem a emissão do parecer com ressalva.

d.4) Relatório com abstenção ou negativa de opinião: relato em que o profissional de auditoria governamental deixa de emitir uma opinião sobre os eventos, as transações e demais atos de gestão pública examinados, os registros e demonstrações contábeis, o desempenho da gestão ou os resultados produzidos pelas ações governamentais, por não ter obtido comprovação suficiente para fundamentá-la, havendo incertezas ou restrições ao escopo da auditoria tão fundamentais que tornem inadequada a emissão de um parecer com ressalvas.

d.5) Relatório com parágrafo de ênfase ou incertezas: relato no qual o profissional de auditoria governamental inclui um parágrafo especial após o parágrafo da opinião, contendo:
- Ênfase: chamada de atenção que o profissional de auditoria governamental deseja dar em seu relatório, a um item suficientemente importante, com o fim único de divulgá-lo.
- Incertezas: são ocorrências que podem influenciar a gestão da coisa pública ou revelações nelas contidas, mas que não se prestam a estimativas razoáveis. Podem estar relacionadas a fatos específicos, cujos possíveis efeitos podem ser isolados, ou fatos complexos, com impactos no erário.
4) Quais os requisitos de qualidade dos relatórios de auditoria, segundo as NAT?
Resposta: Na redação do relatório de auditoria os auditores devem orientar se pelos seguintes requisitos de qualidade:
I. CLAREZA: produzir textos de fácil compreensão.

II. CONVICÇÃO: expor os achados e as conclusões com firmeza, demonstrando certeza da informação comunicada, evitando palavras ou expressões que denotem insegurança, possam ensejar dúvidas ou imprecisões no entendimento.

III. CONCISÃO: ir direto ao assunto, utilizando linguagem sucinta, transmitindo o máximo de informações de forma breve, exata e precisa.

IV. COMPLETUDE: apresentar toda a informação e todos os elementos necessários para satisfazer os objetivos da auditoria, permitir a correta compreensão dos fatos e situações relatadas.

V. EXATIDÃO: apresentar as necessárias evidências para sustentar seus achados, conclusões e propostas, procurando não deixar espaço para contra-argumentações.

VI. RELEVÂNCIA: expor apenas aquilo que tem importância dentro do contexto e que deve ser levado em consideração em face dos objetivos da auditoria.

VII. TEMPESTIVIDADE: emitir tempestivamente os relatórios de auditoria para que sejam mais úteis aos leitores destinatários, particularmente aqueles a quem cabem tomar as providências necessárias. Auditores devem cumprir o prazo previsto para a elaboração do relatório, sem comprometer a qualidade;

VIII. OBJETIVIDADE: harmonizar o relatório em termos de conteúdo e tom. A credibilidade de um relatório é reforçada quando as evidências são apresentadas de forma imparcial.
5) Quais os principais documentos emitidos pelos auditores governamentais, segundo a IN nº01/2001/CGU?
Resposta:
Nota
Relatório
Registro das Constatações
Certificado
- documentos emitidos pelos auditores governamentais: Nota:
Nota é o documento destinado a dar ciência ao gestor/administrador da área examinada, no decorrer dos exames, das impropriedades ou irregularidades constatadas ou apuradas no desenvolvimento dos trabalhos. Tem a finalidade de obter a manifestação dos agentes sobre fatos que resultaram em prejuízo à Fazenda Nacional ou de outras situações que necessitem de esclarecimentos formais.
- documentos emitidos pelos auditores governamentais: Relatório
Os Relatórios constituem se na forma pela qual os resultados dos trabalhos realizados são levados ao conhecimento das autoridades competentes, com as seguintes finalidades:
a) à direção, fornecendo dados para tomada de decisões sobre a política de área supervisionada;
b) às gerências executivas, com vistas ao atendimento das recomendações sobre as operações de sua responsabilidade;
c) aos responsáveis pela execução das tarefas, para correção de erros detectados;
d) ao Tribunal de Contas da União, como resultado dos exames efetuados; e
e) a outras autoridades interessadas, dependendo do tipo ou forma de auditoria/fiscalização realizada.
- documentos emitidos pelos auditores governamentais: Registro das Constatações
Registro das constatações é documento destinado ao registro das verificações significativas detectadas no desenvolvimento dos trabalhos, a ser elaborado de forma concisa, com base em cada relatório. Objetiva possibilitar a criação de um banco de dados relevantes sobre os órgãos ou entidades, tais como:
a) irregularidades, deficiências e impropriedades; e
b) fatos que mereçam exames mais profundos, em outra oportunidade, por fugirem ao escopo dos trabalhos realizados.
- documentos emitidos pelos auditores governamentais: Certificado
O Certificado é o documento que representa a opinião do Sistema de Controle Interno sobre a exatidão e regularidade, ou não, da gestão e a adequacidade, ou não, das peças examinadas, devendo ser assinado pelo Coordenador Geral ou Gerente Regional de Controle Interno, ou ainda, autoridades de nível hierárquico equivalentes nos órgãos e unidades setoriais do Sistema de Controle Interno do Poder Executivo Federal.
Parecer do Dirigente do Órgão de Controle Interno

O parecer do dirigente do órgão de controle interno é peça compulsória a ser inserida nos processos de tomada e prestação de contas, que serão remetidos ao Tribunal de Contas da União. O parecer constitui se na peça documental que externaliza a avaliação conclusiva do Sistema de Controle Interno sobre a gestão examinada, para que os autos sejam submetidos à autoridade ministerial que se pronunciará na forma prevista no artigo 52, da Lei n.º 8.443/92. O parecer consignará qualquer irregularidade ou ilegalidade constatada, indicando as medidas adotadas para corrigir as falhas identificadas, bem como avaliará a eficiência e a eficácia da gestão, inclusive quanto à economia na utilização dos recursos públicos.
6) Como pode ser a opinião modificada do auditor governamental, segundo a ISSAI 100?
Resposta:
Uma opinião modificada pode ser:
- Qualificada (exceto por) – quando o auditor discorda com, ou é incapaz de obter evidência de auditoria suficiente a apropriada acerca de, certos itens do objeto que são ou podem ser RELEVANTES, MAS NÃO GENERALIZADOS;

- Adversa – quando o auditor, após ter OBTIDO EVIDÊNCIA de auditoria suficiente e apropriada, conclui que desvios ou distorções, quer individualmente ou no agregado, SÃO RELEVANTES E GENERALIZADOS;

- Abstenção – quando o auditor é INCAPAZ DE OBTER EVIDÊNCIA de auditoria suficiente e apropriada, devido a uma incerteza ou limitação de escopo que é tanto RELEVANTE QUANTO GENERALIZADA.
7) Quais os tipos de técnicas de auditoria, segundo as normas do TCU?
Técnicas de auditoria podem ser classificadas de acordo com o tipo de evidência obtida com sua aplicação. Peter e Machado (2003) identificam quatro tipos de evidência segundo a forma:

a. Evidência física: obtida em decorrência de uma inspeção física ou observação direta de pessoas, bens ou transações. Normalmente é apresentada sob a forma de fotografias, gráficos, memorandos descritivos, mapas, amostras físicas etc;

b. Evidência documental: é aquela obtida dos exames de ofícios, contratos, documentos comprobatórios (notas fiscais, recibos etc.) e informações prestadas por pessoas de dentro e de fora da entidade auditada;

c. Evidência testemunhal: é aquela decorrente da aplicação de entrevistas e questionários;

d. Evidência analítica: decorre da conferência de cálculos, comparações, correlações e análises feitas pelo auditor.
8) Quais as formas mais utilizadas de observação direta, segundo as normas do TCU?
As formas mais utilizadas de observação direta nas auditorias são (BRASIL, 2010e):

a. Identificada: o pesquisador observa de maneira espontânea os fatos que ocorrem no ambiente em estudo e procura registrar o máximo de ocorrências que interessam ao seu trabalho, devendo-se evitar o mínimo de alteração no ambiente;

b. Não-identificada: o pesquisador observa de maneira espontânea os fatos que ocorrem no ambiente em estudo e procura registrar o máximo de ocorrências que interessam ao seu trabalho, porém a comunicação e a informação ao auditado sobre o trabalho em andamento são feitas somente ao término da visita;

c. Sistemática: o pesquisador elabora plano de observação baseado no conhecimento dos aspectos que são significativos para alcance dos objetivos da observação. Essa forma requer algum conhecimento do problema em estudo para permitir estabelecer as categorias que guiarão a análise da situação;

d. Assistemática: o pesquisador está mais livre, sem fichas ou listas de registro. Geralmente, em visitas exploratórias, utiliza se essa forma de observação para formar juízo de valor e aumentar o entendimento sobre o objeto auditado. As informações obtidas podem ou não ser registradas formalmente.
9) Quais as técnicas de obtenção de evidência física?
Inspeção física: consiste na constatação in loco da existência física de um objeto, bem como de seus atributos.
Observação direta: técnica de coleta de dados ou informações que utiliza os sentidos na obtenção de determinados aspectos da realidade.
10) Quais as técnicas de obtenção de evidência documental?
Exame documental: consiste na análise de documentos relacionados ao objeto da auditoria em busca de dados ou informações que poderão servir de subsídio ao planejamento da auditoria ou como evidências dos achados.
Circularização: consiste na confirmação, por parte de fontes externas à unidade auditada, de informações obtidas junto ao auditado.
Mapas de processo: consiste na decomposição de um processo de trabalho pela sequência de atividades que o compõem na forma de um diagrama (fluxograma).
11) Quais as técnicas de obtenção de evidência testemunhal?
Entrevista consiste na elaboração de perguntas objetivando a obtenção de respostas para quesitos previamente definidos.
Indagação consiste na formulação e apresentação de questões, geralmente por intermédio de um ofício, com o objetivo de obter a manifestação do respondente por escrito.
12) Quais as técnicas de obtenção de evidência analítica?
- Conferência de cálculo: consiste na revisão das memórias de cálculos relacionados ao objeto da auditoria com o fim de verificar a correção das operações matemáticas e dos insumos utilizados nas operações.

- Conciliação: consiste no cotejo do registro da movimentação de contas bancárias ou contábeis entre si, ou com elementos, fatos ou ocorrências que devam guardar correspondência com a movimentação.

- Análise de contas: consiste no exame das transações que geraram lançamentos em determinada conta contábil.

- Revisão analítica: consiste na utilização de inferências lógicas ou na estruturação de raciocínio que permita chegar a determinada conclusão sobre o objeto auditado.

- Extração eletrônica de dados: consiste na solicitação ao auditado de dados sistematizados, que posteriormente serão analisados.

- Cruzamento eletrônico de dados: consiste na comparação automática dos dados extraídos a partir de um campo comum parametrizado especificado pelo auditor.
13) O que são evidências?
As evidências, elementos essenciais e comprobatórios do achado, devem ser suficientes e completas de modo a permitir que terceiros, que não participaram do trabalho de auditoria, cheguem às mesmas conclusões da equipe; adequadas e fidedignas, gozando de autenticidade, confiabilidade e exatidão da fonte; pertinentes ao tema e diretamente relacionadas com o achado.
14) Quais os atributos das evidências?
I. VALIDADE: a evidência deve ser legítima, ou seja, baseada em informações precisas e confiáveis;

II. CONFIABILIDADE: garantia de que serão obtidos os mesmos resultados se a auditoria for repetida. Para obter evidências confiáveis, é importante considerar que: é conveniente usar diferentes fontes; é interessante usar diferentes abordagens; fontes externas, em geral, são mais confiáveis que internas; evidências documentais são mais confiáveis que orais; evidências obtidas por observação direta ou análise são mais confiáveis que aquelas obtidas indiretamente;

III. RELEVÂNCIA: a evidência é relevante se for relacionada, de forma clara e lógica, aos critérios e objetivos da auditoria;

IV. SUFICIÊNCIA: a quantidade e qualidade das evidências obtidas devem persuadir o leitor de que os achados, conclusões, recomendações e determinações da auditoria estão bem fundamentados. A quantidade de evidências não substitui a falta dos outros atributos (validade, confiabilidade, relevância). Quanto maior a materialidade do objeto, o risco e o grau de sensibilidade do auditado a determinado assunto, maior será a necessidade de evidências mais robustas.
15) Quais os procedimentos de auditoria, segundo a NAG 4000?
Resposta:
a) Avaliação do sistema de controles internos (SCI): determina a avaliação e a segurança do sistema, mediante a coleta, compilação, tabulação, julgamento e análise crítica de dados e informações, objeto de atenção do profissional de auditoria governamental. O exame e a avaliação do SCI devem ser realizados de acordo com o tipo de auditoria governamental.

b) Exame e comparação de livros e registros: estabelecem o confronto, o cotejamento, a comparação de registros e documentos para a comprovação da validade e autenticidade do universo, população ou amostra examinada.

c) Conciliação: põe de acordo ou combina diferentes elementos, por meio de um conjunto de procedimentos técnicos utilizados para comparar uma amostra do universo com diferentes fontes de informações, a fim de se certificar da igualdade entre ambos e, quando for o caso, identificar as causas das divergências constatadas, avaliando ainda o impacto dessas divergências nas demonstrações e relatórios do ente público. As fontes base de confirmação podem ser de ordem interna e externa.

d) Exame documental: consiste em apurar, demonstrar, corroborar e concorrer para provar, acima de qualquer dúvida cabível, a validade e autenticidade de uma situação, documento ou atributo, ou a responsabilidade do universo auditado, por meio de provas obtidas em documentos integrantes dos processos administrativo, orçamentário, financeiro, contábil, operacional, patrimonial ou gerencial do ente público no curso normal de sua atividade e dos quais o profissional de auditoria governamental se vale para evidenciar suas constatações, conclusões e recomendações.

e) Análise: é a decomposição de um todo em suas partes constituintes, examinando cada parte de per si para conhecer sua natureza, proporção, funções e relações.

f) Inspeção física: é o ato físico de verificação, atento e minucioso do objeto (ex. bens móveis e imóveis) sob exame, dentro ou fora das instalações do ente auditado, observando o no seu aspecto estrutural, com o objetivo precípuo de constatar a sua existência, características ou condições físicas.

g) Observação: é o processo de visitação e acompanhamento técnico, no qual o próprio profissional de auditoria governamental observa, in loco, atenta e minuciosamente, sistemas ou processos operacionais da Administração Pública, ou ainda atividades dos gestores, administradores, servidores, empregados ou representantes de um ente público, no ambiente interno ou externo, objetivando, precipuamente, verificar o seu funcionamento.

h) Confirmação externa ou circularização: é o procedimento praticado visando obter de terceiros, ou de fonte interna independente, informações sobre a legitimidade, regularidade e exatidão do universo ou de amostras representativas, mediante sistema válido e relevante de comprovação, devendo ser aplicado sobre posições representativas de bens, direitos e obrigações do ente auditado.

i) Recálculo ou conferência de cálculos: é o procedimento técnico para verificar a concordância entre os resultados, coerência de cifras e dados no contexto de sua própria natureza, mediante verificação da exatidão das somas, deduções, produtos, divisões, sequências numéricas, adequada aplicação de taxas, entre outras, mesmo quando são processados eletronicamente, refazendo se, sempre à base de teste, os cálculos efetuados pelos entes auditados.

j) Entrevista ou indagação: é a ação de consultar pessoas dentro e fora da Administração Pública, utilizando ou não questões estruturadas, direcionadas à pesquisa, confronto ou obtenção de conhecimentos sobre a atividade do ente, seu pessoal, suas áreas, processos, produtos, transações, ciclos operacionais, controles, sistemas, atividades, legislação aplicável, ou sobre pessoas, áreas, atividades, transações, operações, processos, sistemas e ações relacionados direta ou indiretamente à Administração Pública, inclusive por contratação, objetivando obter, de forma pessoal e direta, informações que possam ser importantes para o profissional de auditoria governamental no processo de exame, compreensão e formação de opinião sobre o objeto da auditoria.

l) Reexecução: envolve a execução independente pelo profissional de auditoria governamental de procedimentos ou controles que foram originalmente realizados como parte do controle interno do ente auditado.

k) Procedimentos de revisão analítica: são análises de informações das demonstrações contábeis e de outros relatórios financeiros por meio de comparações simples, de aplicação de técnicas estatísticas plausíveis, de exames de flutuações horizontais ou verticais e da utilização de índices de análise de balanços. Os procedimentos de revisão analítica incluem, ainda, as relações entre dados financeiros obtidos e o padrão previsto, bem como com informações relevantes de outras naturezas, como custos com folha de pagamento e número de empregados, impostos arrecadados com número e faixa de contribuintes.
16) Quais os tipos de testes executados pelos auditores governamentais?
Resposta:
Teste de controle: aquele que se destina a verificar e comprovar a regularidade na aplicação das normas e certificar a confiabilidade e a adequação dos procedimentos do sistema de controles internos (SCI).
Teste substantivo: o exame praticado pelo profissional de auditoria governamental com a preocupação de obter competente e razoável evidência comprobatória da validade e propriedade material do tratamento de eventos e transações pelo ente público. A ênfase é na obtenção de evidências detalhadas.

1) Defina Auditoria conforme as normas do TCU.
+Resposta: Auditoria é o processo sistemático, documentado e independente de se avaliar
objetivamente uma situação ou condição para determinar a extensão na qual critérios são
atendidos, obter evidências quanto a esse atendimento e relatar os resultados dessa avaliação a um
destinatário predeterminado.
2) Segundo as NAT, quanto à sua natureza, como a Auditoria está classificada?
Resposta: Quanto à natureza, as auditorias classificam-se em:
• Auditorias de regularidade, que objetivam examinar a legalidade e a legitimidade dos atos de
gestão dos responsáveis sujeitos à jurisdição do Tribunal, quanto aos aspectos contábil, financeiro,
orçamentário e patrimonial. Compõem as auditorias de regularidade as auditorias de conformidade
e as auditorias contábeis.
• Auditorias operacionais, que objetivam examinar a economicidade, eficiência, eficácia e
efetividade de organizações, programas e atividades governamentais, com a finalidade de avaliar o
seu desempenho e de promover o aperfeiçoamento da gestão pública.
3) O que é Achado de Auditoria?
Resposta: Achado de auditoria é qualquer fato significativo, digno de relato pelo auditor, constituído
de quatro atributos essenciais: situação encontrada (ou condição), critério, causa e efeito. Decorre
da comparação da situação encontrada com o critério e deve ser devidamente comprovado por
evidências. O achado pode ser negativo, quando revela impropriedade ou irregularidade, ou positivo,
quando aponta boas práticas de gestão.
4) O que o achado negativo pode envolver?
Resposta: Achados negativos podem envolver:
Impropriedades: falhas de natureza formal de que não resulte dano ao erário e outras que têm
o potencial para conduzir à inobservância aos princípios de administração pública ou à infração de
normas legais e regulamentares, tais como deficiências no controle interno, violações de cláusulas,
abuso, imprudência, imperícia;
Irregularidades: prática de ato de gestão ilegal, ilegítimo, antieconômico, ou infração à norma legal
ou regulamentar de natureza contábil, financeira, orçamentária, operacional ou patrimonial, dano
ao erário decorrente de ato de gestão ilegítimo ao antieconômico, desfalque ou desvio de dinheiros,
bens ou valores públicos, tais como fraudes, atos ilegais, omissão no dever de prestar contas,
violações aos princípios de administração pública.
5) Quais os requisitos básicos do achado de auditoria?
Resposta: Um achado de auditoria deve ser desenvolvido de forma a apresentar uma base sólida às
conclusões e às propostas de encaminhamento dos auditores, atendendo, necessariamente, aos
seguintes requisitos básicos:

I. ser relevante para os objetivos da auditoria para que mereça ser relatado;
II. ser apresentado de forma objetiva e estar devidamente fundamentado em evidências;
III. apresentar consistência de modo a mostrar-se convincente a quem não participou do trabalho.
6) Quais os aspectos mínimos do achado de auditoria?
Resposta:
I. SITUAÇÃO ENCONTRADA: situação existente, identificada e documentada durante a fase de
execução da auditoria. Deve contemplar o período de ocorrência do achado;

II. CRITÉRIO DE AUDITORIA: referencial que indica o estado requerido ou desejado ou a expectativa
em relação a uma situação objeto de auditoria, reflete como deveria ser a gestão, provendo o
contexto para compreensão dos achados e avaliação das evidências. Trata-se da legislação, dos
regulamentos, das cláusulas contratuais, de convênios e de outros ajustes, das normas, da
jurisprudência, do entendimento doutrinário ou ainda, no caso de auditorias operacionais, dos
referenciais aceitos e/ou tecnicamente validados para o objeto sob análise, como padrões e boas
práticas, que o auditor compara com a situação encontrada;

III. CAUSA: identifica a razão ou a explicação para a situação encontrada ou o fator ou fatores
responsáveis pela diferença entre essa e o critério de auditoria. A causa é o elemento sobre o qual
incidirão as ações corretivas que serão propostas. Causas comuns incluem políticas, procedimentos
ou critérios mal concebidos, implementações inconsistentes, incompletas ou incorretas, deficiências
ou inexistência de controles internos. A causa é um importante aspecto dos achados, representando
a origem da divergência que se observa entre a situação encontrada e o critério. Auditores devem se
empenhar na busca da causa dos desvios que produzem resultados ou consequências adversos;

IV. EFEITOS REAIS E POTENCIAIS: identifica os resultados ou as consequências para a entidade, o
erário ou para a sociedade, da discrepância entre a situação encontrada e o critério, indicando a
gravidade ou os eventuais benefícios no caso de achados positivos. Subdividem-se em duas classes:
os efeitos reais, ou seja, aqueles efetivamente verificados, e os efeitos potenciais (riscos), aqueles
que podem ou não se concretizar (Acórdão TCU 1.292/2003 – Plenário). Efeito real ou efeito
potencial podem ser usados para demonstrar a necessidade de ações corretivas em resposta a
eventos já ocorridos ou a riscos relevantes.

V. EVIDÊNCIAS: elementos essenciais e comprobatórios do achado.
7) Quais os atributos das evidências?
Resposta:
I. VALIDADE: a evidência deve ser legítima, ou seja, baseada em informações precisas e confiáveis;

II. CONFIABILIDADE: garantia de que serão obtidos os mesmos resultados se a auditoria for repetida.
Para obter evidências confiáveis, é importante considerar que: é conveniente usar diferentes fontes;
é interessante usar diferentes abordagens; fontes externas, em geral, são mais confiáveis que
internas; evidências documentais são mais confiáveis que orais; evidências obtidas por observação
direta ou análise são mais confiáveis que aquelas obtidas indiretamente;

III. RELEVÂNCIA: a evidência é relevante se for relacionada, de forma clara e lógica, aos critérios e
objetivos da auditoria;

IV. SUFICIÊNCIA: a quantidade e qualidade das evidências obtidas devem persuadir o leitor de que
os achados, conclusões, recomendações e determinações da auditoria estão bem fundamentados.
A quantidade de evidências não substitui a falta dos outros atributos (validade, confiabilidade,
relevância). Quanto maior a materialidade do objeto, o risco e o grau de sensibilidade do auditado a
determinado assunto, maior será a necessidade de evidências mais robustas.
8) O que é Relatório de Auditoria?
Resposta: O relatório de auditoria é o instrumento formal e técnico por intermédio do qual a equipe
de auditoria comunica aos leitores o objetivo e as questões de auditoria, o escopo e as limitações de
escopo, a metodologia utilizada, os achados de auditoria, as conclusões e as propostas de
encaminhamento.
9) Que requisitos de qualidade deve possuir o relatório de auditoria?
Resposta: Na redação do relatório de auditoria os auditores devem orientar-se pelos seguintes
requisitos de qualidade:

I. CLAREZA: produzir textos de fácil compreensão. Evitar a erudição, o preciosismo, o jargão, a
ambiguidade e restringir ao máximo a utilização de expressões em outros idiomas, exceto quando se
tratar de expressões que não possuam tradução adequada para o idioma português e que já se
tornaram corriqueiras. Termos técnicos e siglas menos conhecidas devem ser utilizados desde que
necessários e devidamente definidos em glossário.

II. CONVICÇÃO: expor os achados e as conclusões com firmeza, demonstrando certeza da informação
comunicada, evitando palavras ou expressões que denotem insegurança, possam ensejar dúvidas ou
imprecisões no entendimento, tais como “SMJ”, “supõe-se”, “parece que”, “deduzimos”, “achamos”,
“há indícios”, “talvez”, “entendemos”, “esta equipe de auditoria entende que...”, “foi informado a esta
equipe de auditoria que...”, “ouvimos dizer”, “conforme declarações verbais”, “boa parte”, “alguns”,
“diversos” “a maioria”, “muitas/vários/inúmeros”, “aparenta/aparentemente”;

III. CONCISÃO: ir direto ao assunto, utilizando linguagem sucinta, transmitindo o máximo de
informações de forma breve, exata e precisa. Dizer apenas o que é requerido, de modo econômico,
isto é, eliminar o supérfluo, o floreio, as fórmulas e os clichês. Não utilizar comentários
complementares desnecessários nem fugir da ideia central.

IV. COMPLETUDE: apresentar toda a informação e todos os elementos necessários para satisfazer os
objetivos da auditoria, permitir a correta compreensão dos fatos e situações relatadas. Prover os usuários do relatório com uma compreensão suficientemente completa significa oferecer uma
perspectiva da extensão e significância dos achados relatados, tais como a frequência de ocorrências
relativas ao número de casos ou transações examinados.

V. EXATIDÃO: apresentar as necessárias evidências para sustentar seus achados, conclusões e
propostas, procurando não deixar espaço para contra-argumentações. A exatidão é necessária para
assegurar ao leitor que o que foi relatado é fidedigno e confiável.

VI. RELEVÂNCIA: expor apenas aquilo que tem importância dentro do contexto e que deve ser levado
em consideração em face dos objetivos da auditoria. Não se deve discorrer sobre fatos ou
ocorrências que não contribuem para as conclusões e não resultem em propostas de
encaminhamento;

VII. TEMPESTIVIDADE: emitir tempestivamente os relatórios de auditoria para que sejam mais úteis
aos leitores destinatários, particularmente aqueles a quem cabem tomar as providências
necessárias. Auditores devem cumprir o prazo previsto para a elaboração do relatório, sem
comprometer a qualidade;

VIII. OBJETIVIDADE: harmonizar o relatório em termos de conteúdo e tom. A credibilidade de um
relatório é reforçada quando as evidências são apresentadas de forma imparcial. A comunicação
deve ser justa e não enganosa, resguardando-se contra a tendência de exagerar ou superenfatizar
deficiências. Interpretações devem ser baseadas no conhecimento e compreensão de fatos e
condições.
10) Defina Auditoria Operacional.
Resposta: Auditoria operacional (ANOp1) é o exame independente e objetivo da economicidade,
eficiência, eficácia e efetividade de organizações, programas e atividades governamentais, com a
finalidade de promover o aperfeiçoamento da gestão pública.
11) Quais as atividades do planejamento da auditoria operacional?
Resposta: O planejamento consiste das seguintes atividades:
a) análise preliminar do objeto de auditoria;
b) definição do objetivo e escopo da auditoria;
c) especificação dos critérios de auditoria;
d) elaboração da matriz de planejamento;
e) validação da matriz de planejamento;
f) elaboração de instrumentos de coleta de dados;
g) teste-piloto;
h) elaboração do projeto de auditoria.
12) O que são matrizes de planejamento, de achados e de responsabilização?
Resposta:
Matriz de planejamento: trata-se de quadro resumo das informações relevantes do planejamento
de uma auditoria.
O propósito da matriz de planejamento é auxiliar a elaboração conceitual do trabalho e a orientação
da equipe na fase de execução. É uma ferramenta de auditoria que torna o planejamento mais
sistemático e dirigido, facilitando a comunicação de decisões sobre metodologia e auxiliando a
condução dos trabalhos de campo. A matriz de planejamento é um instrumento flexível e o seu
conteúdo pode ser atualizado ou modificado pela equipe à medida que o trabalho de auditoria
progride.
A matriz é também o principal instrumento de apoio à elaboração do projeto de auditoria, pois
contém as informações essenciais que o definem. Daí a importância da discussão amadurecida da
matriz antes de se iniciar a redação do projeto de auditoria.

Matriz de Achados: instrumento útil para subsidiar e nortear a elaboração do relatório de auditoria,
porque permite reunir, de forma estruturada, os principais elementos que constituirão os capítulos
centrais do relatório. A matriz propicia compreensão homogênea dos achados e seus elementos
constitutivos pelos integrantes da equipe de auditoria e demais interessados.

Matriz de Responsabilização: permite a verificação da responsabilidade pelo achado e deve ser
preenchida sempre que houver achados que se constituam em irregularidades, cuja proposta de
encaminhamento seja pela audiência ou citação de responsáveis, e somente para esses achados.
Caso não haja achados ou estes não constituam irregularidades, a matriz não deve ser preenchida.
Em outras palavras, a matriz de responsabilidade é uma ferramenta útil à disposição do auditor para
que ele possa melhor fundamentar uma proposta de citação ou audiência de responsáveis,
estabelecendo um “roteiro” mínimo para a discriminação da conduta, do resultado e dos
responsáveis pela ocorrência.
13). De acordo com as normas do TCU, quais os instrumentos de fiscalização disponíveis?
Resposta:
a) levantamento: instrumento utilizado para conhecer a organização e funcionamento de órgão ou
entidade pública, de sistema, programa, projeto ou atividade governamental, identificar objetos e
instrumentos de fiscalização e avaliar a viabilidade da sua realização;

b) auditoria: por meio desse instrumento verifica-se in loco a legalidade e a legitimidade dos atos
de gestão, quanto aos aspectos contábil, financeiro, orçamentário e patrimonial, assim como o
desempenho operacional e os resultados alcançados de órgãos, entidades, programas e projetos
governamentais;

c) inspeção: serve para a obtenção de informações não disponíveis no Tribunal, ou para esclarecer
dúvidas; também é utilizada para apurar fatos trazidos ao conhecimento do Tribunal por meio de
denúncias ou representações;

d) acompanhamento: destina-se a monitorar e a avaliar a gestão de órgão, entidade ou programa
governamental por período de tempo predeterminado;
e) monitoramento: é utilizado para aferir o cumprimento das deliberações do Tribunal e dos
resultados delas advindos.
14) Quais instrumentos de fiscalização devem obedecer ao disposto no Plano de Fiscalização,
elaborado pela Presidência do TCU?
Resposta: Auditorias, Monitoramento e Acompanhamentos (A.M.A.).